domingo, 22 de fevereiro de 2015

Interview with Warren Buffett

Aê galera!

Prometi responder todas as perguntas lançadas no blog do querido I.L. que ficaram de fora da entrevista original. Hoje respondo as perguntas lançadas pelo colega Poni que anda meio sumido e nem posta mais no se blog. Cadê você rapah?!


- Por que ele desistiu do "Portal de Investimentos"?

Na verdade não desisti do portal, o mesmo continua funcionando a todo vapor via Facebook, apenas dei um caráter mais abrangente ao blog, não restringindo os assuntos apenas à esfera das finanças. 

- Quem é o seu maior desafeto na blogosfera?

Pergunta polêmica esta, rs, não por acaso o I.L. a deixou de fora da entrevista original. Quando li esta pergunta pela primeira vez fiquei pensando se tinha um desafeto por aqui, a princípio pensei no Trolleta, mas este é desafeto de todo mundo, aí não vale, rs, ele cumpre sua função aqui, proposta por ele mesmo, que é trollar. O pior troller é aquele que pratica suas artimanhas de forma oculta, anônima, e se mostra assim um covarde. Já o troller que se mostra de cara limpa, com identidade, é uma figura a se levar em consideração, pois tem a coragem de se mostrar. Desta forma, desde que não falem mal da sua mãe, é fácil de conviver.

Porém, nas últimas semanas, começou a aparecer aqui no blog uma outra figura muito polêmica da blogosfera, figura esta que só tinha aparecido por aqui umas duas ou três vezes desde que criei o blog (pelo menos nos comentários), mas agora tornou-se presença assídua, rs. Até então não considerava esta personagem um desafeto, apesar de metade da blogosfera não se dar bem com ela. 

Sou um cara tranquilo e não entro em bate-bocas em redes sociais e muito menos na vida real. Um sábio já me disse, no mundo há três tipos de pessoas: aquelas que lhe trazem alegrias, aquelas que lhe trazem aborrecimento, e aquelas que são neutras (não te alegram, mas também não aborrecem). As que lhe trazem alegrias devem ser cativadas, são dádivas de Deus, mas são a minoria. As neutras são a maioria, e dependendo da sua relação com elas podem torna-se pessoas que trazem alegrias, ou, se der azar, aborrecimento. Já as pessoas que trazem aborrecimento são também minoria, porém o estrago que podem causar na sua vida é enorme, e a melhor conduta é se afastar delas e não entrar em um eterno debate com as mesmas, isto fará um bem tanto para você quanto para a pessoa que aborrece. 

E foi esta a conduta que tomei em relação a este nosso colega polêmico. O melhor que podia fazer já foi feito, eliminá-lo da minha lista de blogs favoritos e não mais relacionar com o mesmo (sugiro a todos que tem algum tipo de desavença com esta pessoa fazerem a mesma coisa). Porém o mesmo continua circulando aqui na área, cada comentário tem uma ofensa gratuita embutida, a última dele foi cogitar fazer um post em minha homenagem, talvez no intuito de me atrair novamente para o seu espaço polêmico, tô fora, rs.

Espero que ele não tenha levado para o lado ruim a minha atitude, é bom ele ver que o meu posicionamento é benéfico tanto para mim quanto para ele. A vida é assim, as pessoas são complicadas, tem pontos de vista divergentes, ofendem umas às outras, e se não chegam a um acordo o melhor é a separação, passam a viver melhor cada um no se quadrado. Bom, já gastei tempo demais da minha bela manhã de domingo com este assunto. Uma pessoa que lhe chama (em público) de incompetente, mentiroso e burro nem merecia tal crédito, mas quem sabe agora ela agora não se manca e para de vir aqui desferir suas palavras envenenadas de sentimentos ruins, talvez até tenha em mente a intuição de me ajudar, escrevendo o certo por linhas tortas, vai saber a real intenção não é mesmo?!  

- Por que ele parou de participar do site do Tetzner? Qual foi o rolo?

Não parei, de vez em quando dou as caras por lá, tem uma galera boa lá que fornece uns feed-backs legais aos posts. 

- Se ele pudesse dar uma dica para um investidor iniciante, qual seria?

Invista nos seus primeiros cinco anos apenas na renda fixa, compre bons títulos do governo, boas letras de crédito e, no máximo, algumas boas debêntures. Fique, durante estes cinco anos, acumulando capital e estudando o mercado de renda variável. Após concluir esta “faculdade” torne-se um trainee do mercado de renda variável, de um a dois anos realize aporte em ações e FIIs. Após este período com certeza já será um profissional na área de investimentos. Eu pulei a primeira etapa que é a mais importante e me dei mal. É muito perigoso colocar o dinheiro na roda durante a fase de estudos, na verdade eu fui mais imbecil ainda, coloquei o dinheiro para queimar sem mesmo ter estudado (é o que a maioria faz), e com isto devo ter perdido algo em torno de 100.000 reais. Este foi o custo da faculdade, mas para o iniciante ela pode sair de graça, para isto, fique longe da renda variável durante seus estudos.  

- Qual seria a dica de 1 milhão de dólares, ou a dica de ouro, aquela que só uma pessoa preocupada contigo daria pra você?

Á dica é: “tome cuidado com você mesmo, seu pior inimigo está dentro da sua mente, e você irá conviver com ele até morrer, portanto, transforme-o em seu aliado.” Esta dica vale ouro hein?!

- Cite algo que você pensava de um jeito e hoje já pensa de outro. Ex: Achava que sempre deveria fazer trades e passou a fazer só BH?

Pois é, ainda estou mudando minha forma de pensar, rs. Antes só fazia trades em ações, depois passei a fazer só B&H, depois passei a fazer B&H ativo, depois voltei com os trades em ações, agora parei os trades com ações e estou fazendo trades com índice. O ser humano é assim, vai evoluindo (ou involuindo, rs). Mas tem ago que aprendi a duras penas, e isto não vai mudar. Não existe esta história de comprar barato na bolsa, ninguém nunca saberá o que é um ativo “barato”. Portanto, nunca mais compro um papel só porque o mesmo está teoricamente descontado, isto é um perigo.

- Cite o seu melhor e pior investimento?

Melhor investimento: Meu filho! “Custou” algo em torno de 50.000 reais só para nascer, mas valeu cada centavo. 

Pior investimento: Um par de alianças de noivado - custou 3.000 reais. O noivado durou 3 meses e vendi a minha aliança por 300 reais. A outra ficou com a ex-noiva, kkk.

- Como conheceu a bolsa de valores?

No Jornal Nacional! 

- Qual foi a sua primeira ação que adquiriu e por quê?

Acho que foi a PDGR3. Comprei achando que era a Perdigão (é sério!). Pior de tudo que tive lucro com ela. Já cheguei ao disparate de comprar a BEEF3 achando que estava comprando a empresa que fabricava o sabão em pó. Quanto amadorismo.

- Já comprou estes relatórios que Tetzner, Rei dos Micos, Empirucus e outros vendem ? Se sim, qual a análise que faz de cada um. Acha que valeu a pena?

Tenho um pensamento formado a respeito, no mundo há duas coisas que devem ser evitadas: sexo pago e relatório de investimento pago. Porque pagar por algo que você mesmo pode conseguir de graça? Mas não se engane, na vida nada é de graça, não há almoço grátis, tudo tem um custo, mesmo que seja um custo embutido.

- O que acha do vídeo "O fim do Brasil"?

Uma boa compilação da economia brasileira e uma boa forma de vender relatórios. 

- O que te faria deixar a Bolsa de lado?

Tá mais fácil deixar a esposa de lado, rs, brincadeira, se ela ler isto vai me matar.

- Tem algum sonho para realizar?

Vários, quem não tem sonho na vida não tem motivos para viver. São sonhos simples e fácil de realizar. Um deles irei realizar em breve, só estou aguardando meu filho começar a andar, é brincar na praia com ele.

- Já pensou na idéia de sortear um blogueiro e fazer um coaching para que ele melhore seu desempenho, tipo, uma série onde mensalmente você analisaria e recomendaria mudanças e fosse comparando ao longo do tempo?

Opa, que ideia legal, nunca pensei nisto não, mas é muita responsabilidade, deixa eu primeiro terminar minha faculdade e fazer meu trainee, aí sim serei um profissional do mercado.

- Qual o perfil do investidor de sucesso ? Pessoas mais calmas ou mais agitadas ? Mais analíticas ou com mais faro ? Acho que foi o IL que falou dos Amish, por exemplo.

Tem que ter tudo isto. É um conjunto de habilidades que fará um bom investidor. As mais calmas tem mais chances de acertar mais, pensam mais antes de agir. As mais agitadas podem colocar tudo a perder. Porém, as mais calmas podem perder boas oportunidades e as mais agitadas podem “farejar” oportunidades com mais facilidades. As analíticas sem faro vão ficar analisando, analisando, analisando sem sair do lugar, temos exemplos assim na blogosfera, já aquelas com faro aguçado podem encontrar uma boa oportunidade sem muita análise, porém pode ser uma furada. 

- Você pretende investir no exterior?

Estou mudando meu conceito em relação a isto, inicialmente tratava este assunto como uma fuga de capitais o que poderia contribuir ainda mais para a piora do mercado doméstico, afinal o capital é vultoso, rs, mas estou refletindo...

- Qual é o site daquele outro seu negócio?

www.bhmodels.com ops

- O que sua mulher acha do seu desempenho (da carteira, claro)?

Kkk, desempenho, ah sim, da carteira, ainda fraco, precisa melhorar muito, precisando dar uma pílula azul para a carteira. 

- Ela influência em algo ou deixa pra vc decidir?

Eu até gostaria que ela influenciasse mais, mas ela delegou toda a gestão para mim. Aqui em casa não temos divisão de contas. Todo dinheiro que eu recebo e ela recebe cai em uma conta, e todo gasto sai dessa conta. As sobras são direcionadas para as quatro corretoras que temos contas (duas em nome dela e duas em meu nome). Mas a gestão de todo fluxo é minha. Ela só gasta, rs, brincadeira.

- Pretende mexer no blog este ano, fazer alguma mudança grande? Qual?

Nada, tá bom do jeito que tá. A não ser que algum leitor peça algo, eu sempre levo em consideração os comentários. Pediram para eu parar de postar as operações day-trade e eu parei. Tem gente pedindo para voltar a postar, então devo encontrar uma forma que agrade os dois públicos.

- O que acha do investimento em moedas/metal? Já se interessou?

É mais uma forma de diversificação, e mais uma problemática para acertar o timing. Alocação de ativos é um troço lindo, porém um trem complexo. Coisa de profissional com o gestor do Fundo Verde. Pretendo um dia alcançar este “faro”, tipo: opa, tá na hora de comprar Dólar, opa, tá na hora de vender ouro, opa, tá na hora de comprar banana, e assim vai... mas que é difícil isto é.

Bom domingo a todos!

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Renda, Crescimento e Desigualdade: Dilemas que Estão Longe de Serem Resolvidos


De acordo com dados retirados de rankings da revista Forbes, existe um preocupante descompasso entre o ritmo de avanço da renda real das grandes riquezas no mundo (entre 6 e 7% ao ano em termos reais) e a renda dos trabalhadores (entre 1 e 2% ao ano).

Resultados obtidos a partir de dados oficiais de instituições e relatórios de diversos países, demonstram a profundidade da desigualdade mundial. As 85 pessoas mais ricas do planeta possuem a mesma quantidade de recursos das 3,5 bilhões mais pobres. Ou seja, um pequeno grupo que não chega a 100 indivíduos possui uma riqueza equivalente à de metade da população mundial. Segundo a pesquisa, o 1% mais rico da população mundial detém US$ 110 trilhões, 46% de toda a riqueza do planeta.

Na Europa os dados também são cruéis. As 10 pessoas mais ricas do continente possuem uma fortuna maior do que todos os planos de resgate e estímulos ao crescimento econômico aplicados pela União Europeia, entre 2008 e 2010. São €200 bilhões aplicados pela UE, contra €217 bilhões nas mãos dos 10 europeus mais ricos. A crise econômica mundial, aliás, representou um belo impulso à acumulação desenfreada de riquezas. Segundo estudos, o 1% mais rico da população dos Estados Unidos abocanhou 95% de todo o crescimento econômico do país entre 2009 e 2011.

O Capital no Século XXI


Desde os tempos do britânico John Maynard Keynes, um dos maiores pensadores econômicos do século XX, o trabalho de um economista não despertava debates tão acirrados quanto O Capital no Século XXI, do francês Thomas Piketty. O livro traz um apanhado histórico da evolução da riqueza e da desigualdade nas sociedades capitalistas e propõe remédios para os males que enxerga — como a adoção de um imposto progressivo de até 80% sobre o patrimônio dos mais ricos.

Os índices de medição do crescimento econômico de um país são considerados, pela maioria dos economistas, como o melhor sinal de progresso, quando positivos, ou de alarme, quando negativos, nesse caso impondo-se ao Poder Público implementar sem demora políticas tendentes a defender e garantir um percentual capaz de refletir a retomada da sua subida indefinidamente.

Thomas Piketty não concorda com isso. Com a vantagem de se distanciar das influências ideológicas sempre presentes em torno desse assunto, disputando espaço para fazer passar os seus posicionamentos como científicos, ele demonstra como esse crescimento concentra riqueza e não diminui a desigualdade social.

Para Piketty: A lei do “crescimento acumulado” é de natureza idêntica à lei chamada de “retornos acumulados”, segundo a qual uma taxa de retorno anual de alguns pontos percentuais, acumulada ao longo de várias décadas, conduz automaticamente a uma expansão muito forte do capital inicial – contanto que os retornos sejam sempre reinvestidos ou ao menos que a parte consumida pelo detentor do capital não seja grande demais em comparação com a taxa de crescimento do país. A tese central desse livro é precisamente que uma diferença que parece pequena entre a taxa de retorno (ou remuneração) do capital e a taxa de crescimento pode produzir, no longo prazo, efeitos muito potentes e desestabilizadores para a estrutura e a dinâmica da desigualdade numa sociedade. Tudo decorre, de certa maneira, da lei do crescimento e do retorno acumulado e, portanto, é aconselhável que nos familiarizemos com essas noções.

Simbolizando com a letra “r” a taxa de rendimento privado do capital e com a letra “g” a do crescimento da renda e da produção, conclui: “ A desigualdade r > g faz com que os patrimônios originados no passado se recapitalizem mais rápido do que a progressão da produção e dos salários. Essa desigualdade exprime uma contradição lógica fundamental. O empresário tende inevitavelmente a se transformar em rentista e a dominar cada vez mais aqueles que só possuem sua força de trabalho. Uma vez constituído, o capital se reproduz sozinho, mais rápido do que cresce a produção. O passado devora o futuro.

Fonte

A Tríade dos Múltiplos Dilemas


Em recente artigo publicado no O Globo a Mais de 19/02/2015, a economista Monica Baumgarten de Bolle discorre sobre a pergunta mais relevante da atualidade, recorrente entre os economistas, mas com destaque renovado depois da publicação de “O Capital no Século XXI” de Thomas Piketty é: qual a relação entre salários, produtividade e desigualdade? Como a evolução dessa tríade ao longo do tempo, para países diversos, pode elucidar as dúvidas sobre a sustentabilidade do crescimento?Destaco abaixo os principais trechos do artigo da economista que pode ser lido na íntegra neste endereço.

(...) a desigualdade de renda e riqueza no mundo aumentou muito nos últimos trinta anos. (...) A estagnação salarial que sobreveio da crise de 2008, a ausência de ganhos reais significativos ao longo dos últimos sete anos, contribuiu para acentuar a crescente divergência entre os mais ricos e os mais pobres, tornando-a mais evidente. Conforme muitos têm destacado ao analisar os dados para a economia americana, observa-se algo surpreendente: os salários não apenas estão parados, como não têm acompanhado a produtividade ascendente da economia ao longo das últimas décadas. Ou seja, enquanto a produtividade sobe, o trabalhador americano está deixando de desfrutar dos ganhos de renda que deveriam resultar do aumento da eficiência produtiva. (...) Nos EUA, a lucratividade das empresas se traduziu em maior renda para os acionistas e para os altos executivos, mas não para os empregados”.

O dilema americano, além de ressuscitar a complexa questão das relações entre desigualdade e crescimento econômico, tem gerado debate aguerrido sobre o que fazer para combater a crescente disparidade da renda. (...) Entre diversos economistas, prevalece a noção de que, nos EUA, a quebra da relação entre salários e produtividade explica o aumento da desigualdade. Quando os trabalhadores são crescentemente excluídos dos ganhos de eficiência, embolsados por acionistas e executivos, isso piora a distribuição de renda, levando à contemplação de medidas como a adoção de um tributo sobre os ganhos de capital.

No Brasil, ocorre o oposto do que se observa nos EUA: há pelo menos uma década, os salários crescem acima da produtividade. Nesse mesmo período, a desigualdade caiu substancialmente. Nos últimos anos, entretanto, há evidências de que a desigualdade parou de cair ou, ao menos, começou a se estabilizar em patamar ainda demasiado alto. (...) Como observa estudo recente do FMI, às vezes a desigualdade é obstáculo ao crescimento econômico simplesmente porque motiva a adoção de determinadas políticas redistributivas que têm efeito perverso sobre a atividade. Exemplo disso são políticas que estimulam o descolamento entre salários e produtividade: rendimentos que crescem acima do valor que o trabalhador é capaz de gerar acabam por onerar excessivamente as empresas, que poderão repassar esse aumento de custos para os preços, alimentando a inflação, demitir trabalhadores ou deixar de investir. A inflação corrói a renda dos mais pobres; o desemprego e a queda do investimento reduzem o crescimento; sem crescimento, não há diminuição contínua da desigualdade. 

Eis, portanto, um dos desafios da tríade salários-produtividade-desigualdade: quando os salários se descolam da produtividade, seja para cima, como no Brasil, seja para baixo, como nos EUA, a desigualdade pode aumentar. Se a desigualdade aumentar, parte crescente da renda produzida haverá de ser embolsada pelos mais ricos, em detrimento da classe média e dos mais pobres – a desigualdade é processo que se retroalimenta, a não ser que seja impedida por políticas redistributivas. Mas certas políticas redistributivas podem emperrar o crescimento, sobretudo quando combinadas com má gestão da política macroeconômica. Isso é o que parece ter ocorrido, em parte, no Brasil.

Como sair do torvelinho nefasto em que políticas redistributivas emperram o crescimento e a falta de crescimento impede que a desigualdade continue a cair de forma sustentada? Pergunta básica, resposta difícil. (...) Relatório recente da OCDE sobre a desigualdade diz que, para reduzi-la, é preciso que a população tenha acesso à educação de qualidade – não basta ter crianças e adolescentes nas escolas, é preciso que aprendam a ler, que desenvolvam o gosto pela leitura, que tenham intimidade com números e com operações matemáticas. É preciso, também, que desfrutem de rede de apoio, sobretudo quando o nível educacional dos pais e parentes for insuficiente para mantê-los engajados no aprendizado. É preciso que tenham acesso aos serviços públicos básicos, como saúde e saneamento. O relatório da OCDE afirma que a redução sistemática da desigualdade só é possível se essas condições estiverem presentes e beneficiem os 40% mais pobres, ou seja, tanto as pessoas de baixa renda, quanto a classe média mais vulnerável.

O problema é que o Brasil pouco avançou nessas áreas nos últimos quinze anos. A má gestão da economia, hoje, nos obriga a adotar políticas de ajuste que haverão de adiar a redução contínua da desigualdade, postergando a ampliação do processo de inclusão social. O adiamento inevitável já suscita críticas daqueles que, em vez de perceberem os erros do passado recente, preferem chamar de fracasso a correção de rumos que acaba de se iniciar.



Humor: na foto acima quem está esperando a lotérica abrir e quem está esperando a lavanderia abrir? rs

sábado, 14 de fevereiro de 2015

País Tropical

É isto aí amigos, a Apple sozinha vale mais do que todas as nossas empresas da bolsa. Só nos resta mesmo pular o Carnaval. 


"Moro num país tropical, abençoado por Deus
E bonito por natureza, mas que beleza
Em fevereiro (em fevereiro)
Tem carnaval (tem carnaval)"

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Carteira de Ações Eficiente

Pessoal,

Um site muito interessante que conheci no ano passado é o Stock Soccer. Lá você monta um time de futebol onde cada jogador é uma empresa listada na bolsa de valores. Abaixo meu time atual.


Cada jogador que ingressa no site (também pode ser feito login com conta de Facebook) começa com 100.000 reais e, na medida que vai participando dos campeonatos, ganha/perde pontos e tem a evolução do seu capital contabilizada de acordo com a abertura/fechamento das ações do seu time.

No atual momento ocupo a posição 32 do ranking geral, porém estou com o maior patrimônio acumulado graças a esta eficiente carteira de ações. Infelizmente é só no jogo pois na vida real minha carteira tá um horror, rs.


Para quem tá começando a montar uma carteira de ações fica aí a dica. Participem também lá dos campeonatos, é uma brincadeira divertida e saudável.

Jogo de hoje...

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

NTN-B Principal 2035 - Melhor Compra/Melhor Venda

Galera,

Vou entrar em um tema controverso. Análise gráfica aplicada a ações já desperta ojeriza em muitas pessoas, mas irei aplicá-la agora em um título do governo (apenas como exercício, não me levem a sério, por favor!).

Vejamos o gráfico atual da NTN-B Principal 2035...


Notem que no início do ano passado tivemos uma oportunidade impar para compras de TD. E no início de setembro tivemos oportunidade igual só que para venda. Eu me adiantei um pouquinho e vendi todos os meus títulos julho, lembro de ter obtido lucro bruto de mais de 20%, mas poderia ter sido maior "se" tivesse acertado a "melhor venda".

A pergunta que faço ao leitor é: "Qual a melhor estratégia nos investimentos em TD, compras periódicas para levar até o vendimento ou compras/vendas em momentos oportunos no cenário macro-econômico?"

Olhando sobre o ponto de vista da análise técnica, estamos formando um triângulo do gráfico diário das taxas. Obviamente isto não tem relação nenhuma com o cenário atual de juros, porém, seria interessantíssimo, mesmo que por coincidência, que este triângulo fosse rompido para cima como na projeção que eu fiz. Assim teríamos as taxas novamente nos patamares de 7% que eu considero a "melhor compra".

Para aquele investidor que optou por realizar as compras periódicas a fim de levar até o vendimento, sugiro acompanhar o gráfico e comprar nos momentos de pico da taxa, quando a mesma toca a parte superior do triângulo. Para aquele investidor, como eu, que não irá levar o título até o vencimento, sugiro aguardar o rompimento deste triângulo para iniciar as compras, se é que isto vai mesmo acontecer.

Abraço!