Um blog sobre investimentos, economia, política, futebol e outros assuntos de butequim...
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Está na Hora de Comprar Dólar?!
O contrato futuro da moeda abriu em gap de baixa nesta manhã e rompeu o suporte de 3.300 pontos. Estamos oficialmente na casa dos R$ 3,2x. Dias atrás postei aqui que neste valor seria comprador da moeda (relembre aqui). Chegou a hora da verdade?!
terça-feira, 28 de junho de 2016
Banco do Brasil - História e Composição Acionária
O Banco do Brasil foi criado em 12 de outubro de 1808, por meio de um alvará do príncipe regente D. João na cidade do Rio de Janeiro. Denominado tanto como Banco Nacional quanto como Banco Público pelo seu ato de criação, o Banco do Brasil foi constituído com o objetivo de que se pusesse “em ação os cômputos estagnados assim em gêneros comerciais, como em espécies cunhadas”, além de promover a indústria nacional “pelo giro e combinação dos capitais isolados” e auxiliar o Estado a captar os recursos necessários para o financiamento de suas atividades. Inicialmente, o capital de mil e duzentas ações com valor de um conto de réis cada uma foi aberto ao público, com o objetivo de subscrever estas ações aos endinheirados da época.
A ideia de criar um banco ligado ao Estado já circulava em Portugal antes mesmo da vinda da corte para o Brasil. Desde o século XVIII, o italiano Domingos Vandelli, radicado em Portugal, era defensor da proposta da criação de um banco que receberia os depósitos públicos, da Casa da Moeda e dos diamantes, e poderia antecipar ao governo os rendimentos do Erário. Outro grande incentivador da criação de um banco nacional foi Rodrigo do Sousa Coutinho, que em 1797 já havia proposto a criação, em Portugal, do Banco Real Bragantino, em um projeto que, apesar de não executado, serviu de base para estruturação do Banco do Brasil.
Em 11 de dezembro de 1809, a primeira agência do Banco do Brasil começou a operar no Rio de Janeiro. D. João pediu aos governadores das capitanias que procurassem acionistas para o Banco, esforço este que foi em vão, pois no fim de 1812, apenas 126 ações tinham sido subscritas. Em 1817 a oferta pública foi encerrada.
Casa dos Contos, fotografia da Casa Leuzinger (1860)
O Banco do Brasil funcionou, nos seus cinco primeiros anos, no prédio de esquina entre as ruas Direita (atual Primeiro de Março) e São Pedro (desaparecida ao abrir-se a avenida Presidente Vargas), transferindo-se depois para a sede do Erário Régio, nesta mesma rua, e ficando ali até sua extinção em setembro de 1829. A legislação determinava a venda inicial de no mínimo cem ações subscritas, mas a falta de procura exigiu que a Coroa concedesse privilégios e recomendações aos próprios membros do governo e a funcionários do Estado para que obtivessem ações e assim viabilizassem a abertura do banco. Por isso, apesar de sua criação em 12 de outubro de 1808, o banco só entrou em funcionamento no dia 11 de dezembro de 1809.
Com o financiamento integral do Banco do Brasil, em 1819 foi construída a sede para a Bolsa de Valores no Rio de Janeiro. Em 1921, o Banco, em crise, sofre com o grande saque feito pela família Real antes de seu retorno a Portugal. Após a Independência do Brasil, a crise do Banco se aprofunda, pois a época do 1º Reinado foi de grande desordem financeira. Em 1833, sob forte pressão, o Banco do Brasil foi liquidado. No mesmo ano, uma lei reestrutura a economia do Império, e restabelece o Banco do Brasil, embora ainda não com sucesso.
Com um capital de 10.000 contos de réis, considerado alto na época, Irineu Evangelista de Souza (futuro Barão e Visconde de Mauá) criou uma nova instituição chamada de Banco do Brasil, em 1851. O Banco ressurgiu mais forte, pois tinha estreitas ligações com o mercado de capitais, tanto que as reuniões para o lançamento público foram realizadas no salão da Bolsa do Rio de Janeiro.
Com a fusão do Banco do Brasil com o Banco Comercial do Rio de Janeiro, em 1853, o capital do Banco aumentou consideravelmente. Tal fusão ocorreu graças à liderança do Visconde de Itaboraí em relação à legislação. Por isso, o Visconde de Itaboraí é considerado o fundador do Banco do Brasil atual. No ano seguinte foi realizado o primeiro concurso público para o cargo de escriturário. Em 1863, o Banco do Brasil era o único órgão emissor do país, o que durou até 1866.
Detalhe da rotunda, no atual Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro. Nesta imagem, o espaço é ocupado pelo setor de atendimento ao público no ano de 1943
O Banco do Brasil transformou-se, em 1863, no único órgão emissor do território nacional. Após a abolição da escravatura, em 1888, o Banco do Brasil foi o primeiro a abrir linhas de crédito para que os fazendeiros pudessem recrutar os imigrantes europeus. Em 1893 passou a ser chamado de Banco da República do Brasil, após fusão com outro banco estatal, voltando a ser chamado pelo nome original em 1906.
Em 1945, em meio a II Guerra Mundial, o Banco do Brasil deu suporte aos Pracinhas brasileiros na Itália. Através de seus escritórios em algumas cidades italianas, a tropa recebia seu salário, transferia valores, e prestava serviço aos consulados e à embaixada.
A sede do Banco foi transferida para Brasília no mesmo dia de sua inauguração: 21 de abril de 1960. Em 1969 é inaugurada a filial em Nova Yorque. Em 1971, o Banco já contava com 975 agencias no país, e 14 agencias no exterior. Dois anos depois, as ações do Banco do Brasil começaram a ser negociadas na Bolsa de Valores.
Atualmente ocupa posição de destaque no sistema financeiro nacional, sendo o primeiro em ativos financeiros (R$ 1.572 trilhões), volume de depósitos totais (464 bilhões de reais), carteira de crédito (717 bilhões de reais), base de clientes pessoas total (62 milhões, clientes PF e PJ), câmbio exportação (28,1% do mercado), administração de recursos de terceiros (603 bilhões de reais, o maior da América Latina) e faturamento de cartão de crédito (12,3% do mercado). O Banco do Brasil registrou em 2015, um lucro líquido de R$ 14,400 bilhões, registrando um aumento de 28% em relação ao lucro líquido do ano anterior.
Market Share - Fonte
Rede - Fonte
Linha do Tempo
1808
A família Real Portuguesa se instala no Brasil. Banco do Brasil é fundado pelo príncipe regente D. João, quando o País passou a sediar a Coroa Portuguesa. Com duração de 20 anos, o objetivo era de promover a indústria nacional. A esse prazo o banco se dissolveria ou se constituiria novamente, claro se o governo assim desejasse. O capital inicial foi de 1.200 contos de réis, dividido em 1.200 ações de um conto de réis cada uma podendo ser aumentada por meio de novas ações.
1810
O meio circulante do país era exclusivamente metálico e as cédulas do Banco do Brasil foram as primeiras a circular no mundo português. A Fazenda Real, entrou como acionista principal, cobrando impostos atrasados e atuais, abriu mão durante 5 anos de qualquer lucro de ações. Através desta ação o capital do banco se consolidou.
1821
D. João VI e a corte retornam a Portugal levando os fundos do Bando do Brasil.
1829
Banco do Brasil é liquidado por lei, o excesso de emissões de títulos e a falta de administração competente foram as principais causas do fechamento do banco.
1851
Visconde de Mauá funda um Banco do Brasil particular, autorizada pelo governo.
1854
Encerramento das intervenções governamentais nas atividades comerciais do BB, após sucessivas mudanças.
1889
Participação fundamental no fomento econômico e no saneamento das finanças públicas após a Proclamação da República.
1892
O Banco do Brasil se funde com o Banco da República dos Estados Unidos e passa a se chamar Banco da República do Brasil.
1905
O Banco da República do Brasil é liquidado e transformado por meio de mudança na composição acionária, no Banco do Brasil S.A. Alteração na composição do capital social do Banco, na qual o Governo Federal torna-se acionista majoritário, forma jurídica que continua até hoje.
1906
Listagem pública das ações do Banco do Brasil nas bolsas de valores.
1936
Criação de uma das mais importantes ferramentas de sua atuação econômica: a Carteira de Crédito Agrícola e Industrial.
1960
Transferência da sede para Brasília no dia da inauguração da nova capital do País.
1985
Criação da Fundação Banco do Brasil (FBB) como importante instrumento de transformação em educação, cultura e esporte.
1986
O Governo Federal autoriza o BB a atuar em todos os segmentos de mercado, iniciando sua evolução para conglomerado financeiro.
1989
Inauguração do primeiro Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), no Rio de Janeiro, no contexto das comemorações de 181 anos do Banco.
2000
Lançamento do Portal Banco do Brasil na internet.
2001
Configuração como banco múltiplo e instalação do Conselho Diretor e comitês, subcomitês e comissões.
2002
Adequação do Estatuto Social para maior transparência e a adoção de melhores práticas.
2006
Ingresso no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo.
2009
Início do programa de American Depositary Receipts (ADRs) Nível I na Bolsa de Nova Iorque.
2011
Conclusão da operação de aquisição do Banco Patagônia, na Argentina, dentro do novo modelo de atuação no exterior.
2012
Liderança do movimento consistente de queda dos juros no sistema bancário com o programa BOMPRATODOS.
Nesse mesmo ano, o Banco Postal passa a integrar a rede Mais BB de correspondentes.
2014
Revisão de sua missão, visão e valores e de sua estratégia corporativa, com o princípio norteador de ser um banco de mercado com espírito público.
Composição Acionária
O Governo, através do Tesouro Nacional, é o controlador do Banco do Brasil com 50,73% das ações ordinárias. Em free float estão circulando hoje 42,79% das ações. Segue abaixo o quadro com os principais acionistas.
Acionistas
Perfil dos Investidores
Controladas
Coligadas - Banco Múltiplo
Coligadas - Seguridade
Coligadas - Meios de Pagamento
Coligadas - Banco de Investimento
sexta-feira, 24 de junho de 2016
Brexit: O Impacto no Mercado Brasileiro Após a Votação
Por 1,2 milhão de votos de diferença, o Reino Unido votou por sair da União Europeia. Os resultados oficiais, divulgados às 3 da manhã (horário de Brasília, mostram que 51,9% dos eleitores britânicos que foram às urnas nesta quinta-feira (23) defendem que o país deixe a União Europeia, no processo apelidado de Brexit - fusão das palavras inglesas “exit” (saída) e “British” (britânica) -, ao passo que 48,1% votaram pela permanência.
A consulta popular registrou índice histórico de comparecimento - 72,2% do eleitorado - e recorde de 46,5 milhões de eleitores registrados. Por volta das 4 horas (hora de Brasília), o premiê conservador, David Cameron, principal fiador do voto pró-UE, anunciou que vai renunciar ao cargo. O premiê tentou acalmar o mercado financeiro e também os 3 milhões de imigrantes europeus que vivem no Reino Unido, garantindo que não haverá mudanças imediatas.
Foi uma surpresa para o mundo todo. Uma pesquisa divulgada logo após o fim da votação, às 22 horas no horário britânico (18 horas, horário de Brasília), feita pela YouGov, aferia o resultado como 52% dos votos pela permanência e 48% pela saída. A última pesquisa feita antes da votação e publicada na quarta-feira (22) também apontava para uma ligeira vantagem para os defensores do lado chamado de Bremain - british, de britânico, remain, de permanência.
O resultado abalou o mercado financeiro e causou incredulidade no mundo todo. No início da madrugada, manhã na Ásia, a libra chegava ao menor valor em relação ao dólar em 31 anos. A cotação estava em US$ 1,32, queda de 11% em relação ao fechamento de quinta-feira (23). Na Ásia, as Bolsas despencavam em Tóquio (-7,22%), Hong Kong (-4,67%) e Seul (-4,09%). Aqui no Brasil o índice Bovespa apresenta queda de -3% nesta manhã. O índice futuro abriu com gap de baixa de -5% mas amenizou a queda subindo mais de 1.000 pontos nas duas primeiras horas de negociação.
A maior parte dos ativos que tenho em carteira está no campo negativo nesta manhã. A maior queda é da VALE5 com -4,7% e a maior alta é PINE4 com 1,99%. No mês, a maior queda é da CTXA3 com -39% e a maior alta é a ESTC3 com 43%.
Para entender mais do assunto tratado neste post sugiro assistir ao vídeo do colega Viver de Dividendos publicado nesta manhã.
Bons investimentos!
Fonte
sábado, 18 de junho de 2016
O Pequeno Príncipe e Outras Obras de Domínio Público para Baixar
No ano passado "O Pequeno Príncipe" se tornou uma obra de domínio público. Anualmente, em primeiro de janeiro, o mundo comemora o dia do domínio público. A data é importante porque marca o momento em que obras, antes protegidas por direitos autorais, podem ser usadas independentemente de autorização ou pagamento.
Na prática, o que isso significa? O que pode ser feito com músicas, livros, filmes e pinturas que ingressam em domínio público? Com o término dos direitos econômicos, qualquer pessoa fica livre para usar a obra original, inclusive com fins lucrativos e para modificar a obra original, fazendo adaptação, tradução, remix, de modo quase ilimitado, também com fins lucrativos, se assim desejar.
É importante observar que o nome do autor da obra que entra em domínio público precisa sempre ser mencionado, mesmo que tenha havido grande modificação em seu trabalho. Por isso, se você decidir adaptar um livro de Shakespeare ou de Machado de Assis para qualquer mídia ou formato, pode fazer sem medo, mas precisa informar o nome do autor da original que você está adaptando.
Cada país precisa decidir como contar o prazo de proteção. Em razão de tratados internacionais, o prazo mínimo geral é de 50 anos a partir da morte do autor. O Brasil adotou o prazo de vida do autor mais 70 anos para todas as modalidades, menos fotografias e obras audiovisuais, cujo prazo de proteção também é de 70 anos, mas contados da divulgação da obra (ou seja, fotos e filmes divulgados até 1944 também entraram em domínio público no Brasil em 2015).
Na Colômbia, que prevê proteção por 80 anos após a morte do autor, a obra pode entrar em domínio público só em 2025, dependendo da regra aplicável a obras estrangeiras. A mesma lógica se aplica à Costa do Marfim (prazo de 99 anos depois que o autor morre) e ao México (vida do autor e mais 100 longuíssimos anos).
Na França, contudo, existem prazos de prorrogação de direitos de autor por conta das guerras mundiais do século XX. Como as obras intelectuais não puderam circular adequadamente nos períodos de conflito, o legislador decidiu aumentar o prazo de proteção em 6 anos e 152 dias para compensar os danos da Primeira Guerra Mundial e em 8 anos e 120 dias para os da Segunda. Além disso, foram conferidos 30 anos extras para o caso de o autor ter morrido em combate. Por isso, caberá ao intérprete da lei francesa definir qual regra incide no caso. Não será a primeira vez que a corte da França precisará analisar a questão. Por conta das prorrogações de guerra, nos anos 1990 o poder judiciário francês teve que decidir se os quadros de Monet ainda estavam protegidos. De toda forma, como as prorrogações valem apenas na França, não devem causar qualquer impacto no Brasil.
Aqui no Brasil temos o "Portal Domínio Público" que disponibiliza um acervo de inúmeras obras já em domínio público. Neste link você poderá consultar e baixar as obras já cadastradas.
Meu Pequeno Príncipe
Nesta semana o Uozinho completou dois anos de vida. Dois anos de alegrias e descobertas. Dois anos que me fizeram ver e sentir qual é a maior riqueza da vida. Na foto abaixo ele ainda estava com seis meses de vida, hoje ele está bem maior e mais falante, rs.
Um bom final de semana a todos!
Fonte
segunda-feira, 13 de junho de 2016
IBOV - IBOVESPA - Índice Bovespa: Metodologia, Definições e Procedimentos
Veja o novo post neste link.
O IBOV fechou na última sexta (11/06/2016) em 49.422 pontos. Mas o que significa isto? Esta foi uma pergunta realizada dias atrás por um leitor aqui do blog que tentarei responder neste post. A título de ilustração, começarei o artigo com quatro gráficos históricos do nosso índice. Abaixo temos o gráfico do IBOV plotado a partir de 1995. Ilustrei no gráfico as seis últimas graves crises que tivemos neste período só para contextualizar as grandes variações de queda.
É interessante observar também os volumes de negociação apresentados no gráfico acima. Notamos um significativo aumento de 2006 para frente. Estes volumes diminuiriam um pouco após a crise de 2008. Mas depois de 2010 voltaram a se intensificar. A partir daí estamos vivendo intensa especulação, o vendedores dominaram o mercado nos últimos anos com grande volume de negócios. São basicamente fluxos de investidores estrangeiros (instituições financeiras na sua maioria).
Desde as crise de 2008 a pessoa física diminui na bolsa, e no país da renda fixa o mercado de ações só irá deslanchar quando os juros diminuírem a partir de uma percepção de risco-país melhor. Enquanto os juros estiverem atrativos o investidor vai preferir investir na renda fixa em detrimento do mercado de ações, é o que ocorre de forma inversa no mercado americano por exemplo.
O IBOV fechou na última sexta (11/06/2016) em 49.422 pontos. Mas o que significa isto? Esta foi uma pergunta realizada dias atrás por um leitor aqui do blog que tentarei responder neste post. A título de ilustração, começarei o artigo com quatro gráficos históricos do nosso índice. Abaixo temos o gráfico do IBOV plotado a partir de 1995. Ilustrei no gráfico as seis últimas graves crises que tivemos neste período só para contextualizar as grandes variações de queda.
É interessante observar também os volumes de negociação apresentados no gráfico acima. Notamos um significativo aumento de 2006 para frente. Estes volumes diminuiriam um pouco após a crise de 2008. Mas depois de 2010 voltaram a se intensificar. A partir daí estamos vivendo intensa especulação, o vendedores dominaram o mercado nos últimos anos com grande volume de negócios. São basicamente fluxos de investidores estrangeiros (instituições financeiras na sua maioria).
Desde as crise de 2008 a pessoa física diminui na bolsa, e no país da renda fixa o mercado de ações só irá deslanchar quando os juros diminuírem a partir de uma percepção de risco-país melhor. Enquanto os juros estiverem atrativos o investidor vai preferir investir na renda fixa em detrimento do mercado de ações, é o que ocorre de forma inversa no mercado americano por exemplo.
sábado, 11 de junho de 2016
Um Olhar Através dos Séculos: Religião e Tecnologia
Até o século 19 as pessoas rezavam antes de sair de casa. Era uma forma de se sentirem seguras fora da segurança do lar. No século 20 os jornais assumiram o lugar dos livros santos. Era fundamental conhecer as recentes notícias logo pela manhã. Lia-se na mesa do café ou no percurso até o local de trabalho...
Agora no século 21 as pessoas não rezam mais e também não leem jornais como antigamente. A janela para o mundo está em um aparelho conhecido como celular. Costumes mudam de século para século ou até de década para década. Estamos cada vez mais conectados porém cada vez mais isolados.
Pesquisando mais a fundo na internet sobre a transformação destes hábitos ao longo dos séculos no intuito de corroborar a minha tese de que as pessoas estão cada vez menos religiosas e cada vez mais "digitalizadas" acabo concluindo que uma coisa não exclui a outra. As pessoas agora rezam por aplicativo, é o sinal dos tempos... ou do fim dos tempos...
Bom fds!
Registro fotográfico do metrô de Nova York em 1946 pelo jovem Stanley Kubrick (Fonte)
Agora no século 21 as pessoas não rezam mais e também não leem jornais como antigamente. A janela para o mundo está em um aparelho conhecido como celular. Costumes mudam de século para século ou até de década para década. Estamos cada vez mais conectados porém cada vez mais isolados.
Registro fotográfico do metrô de Pequim em 2012 por fotógrafo desconhecido (Fonte)
Pesquisando mais a fundo na internet sobre a transformação destes hábitos ao longo dos séculos no intuito de corroborar a minha tese de que as pessoas estão cada vez menos religiosas e cada vez mais "digitalizadas" acabo concluindo que uma coisa não exclui a outra. As pessoas agora rezam por aplicativo, é o sinal dos tempos... ou do fim dos tempos...
Bom fds!
quinta-feira, 9 de junho de 2016
O Dólar Cairá Mais?
"O mercado é basicamente uma transferência de valor dos mais aflitos para os mais pacientes." W.B.
No pregão de ontem o dólar fechou no menor valor frente ao real dos últimos 12 meses. A moeda já vem caindo há alguns dias mas o aumento da percepção de que o Banco Central tolerá uma taxa de câmbio mais apreciada fez os vendedores atuarem com apetite no dia de ontem. No fechamento, o dólar comercial caiu 2,31% chegando a R$ 3,3691, o menor valor desde Julho de 2015. Já no mercado futuro o papel fechou em R$ 3,3905.
Analista disseram que ontem se formou uma "pequena tempestade perfeita" em torno da moeda. O dólar teve uma sessão de perdas em todo o mundo pressionado pelo esfriamento das expectativas sobre altas de juros nos E.U.A. Isto impulsionou commodities, bolsas de valores e bônus de países emergentes, reduzindo prêmios de risco e amparando o cenário de fluxo para mercados em desenvolvimento como o Brasil.
O Real se destacou ainda mais que seus pares após o mercado avaliar que o Banco Central poderá ser menos ativo no câmbio. O câmbio teria então espaço para responder mais aos elementos externos. A percepção de que o Banco Central deixará o câmbio "correr mais solto" veio das declarações do indicado à presidência Ilan Goldfajn.
Goldfajn defendeu esforços para restabelecer no país o "tripé macroeconômico" formado por responsabilidade fiscal, controle da inflação e câmbio flutuante.
"Considero haver praticamente consenso de que é preciso reconstruir o quanto antes o tripé macroeconômico formado por responsabilidade fiscal, controle da inflação e regime de câmbio flutuante, que permitiu ao Brasil ascender econômica e socialmente em passado não muito distante. O preço do dólar não será conduzido. Será flutuante. Cambio flutuante é e continuará de extrema ajuda. Ter uma taxa de câmbio flutuante faz com que consiga equilibrar internamente e externamente a economia brasileira."
Até então muitos analistas no mercado via um piso nos R$ 3,50 e as declarações do Ilan contrariaram essa tese, Há sim espaço para o dólar recuar ainda mais, mas ninguém neste momento arrisca uma aposta.
Se do ponto de vista fundamentalista ninguém consegue estimar um piso para a moeda no cenário atual, vamos então recorrer à análise gráfica para tentar achar pontos de possível suporte.
No gráfico do dólar futuro mostrado acima, o próximo suporte de preços está na região dos R$ 3,29. Porém arrisco a dizer que a queda tem força para alcançar os R$ 3,2 como possível ponto de retorno. Acho pouco provável que a moeda venha abaixo de R$ 3 reais, mas se acontecer, o ponto de retorno estaria em torno de R$ 2,9.
Como já havia anunciado anteriormente, em R$ 3,2 sou comprador da moeda. Assim falou Zaratustra.
Fonte
No pregão de ontem o dólar fechou no menor valor frente ao real dos últimos 12 meses. A moeda já vem caindo há alguns dias mas o aumento da percepção de que o Banco Central tolerá uma taxa de câmbio mais apreciada fez os vendedores atuarem com apetite no dia de ontem. No fechamento, o dólar comercial caiu 2,31% chegando a R$ 3,3691, o menor valor desde Julho de 2015. Já no mercado futuro o papel fechou em R$ 3,3905.
Analista disseram que ontem se formou uma "pequena tempestade perfeita" em torno da moeda. O dólar teve uma sessão de perdas em todo o mundo pressionado pelo esfriamento das expectativas sobre altas de juros nos E.U.A. Isto impulsionou commodities, bolsas de valores e bônus de países emergentes, reduzindo prêmios de risco e amparando o cenário de fluxo para mercados em desenvolvimento como o Brasil.
O Real se destacou ainda mais que seus pares após o mercado avaliar que o Banco Central poderá ser menos ativo no câmbio. O câmbio teria então espaço para responder mais aos elementos externos. A percepção de que o Banco Central deixará o câmbio "correr mais solto" veio das declarações do indicado à presidência Ilan Goldfajn.
Goldfajn defendeu esforços para restabelecer no país o "tripé macroeconômico" formado por responsabilidade fiscal, controle da inflação e câmbio flutuante.
"Considero haver praticamente consenso de que é preciso reconstruir o quanto antes o tripé macroeconômico formado por responsabilidade fiscal, controle da inflação e regime de câmbio flutuante, que permitiu ao Brasil ascender econômica e socialmente em passado não muito distante. O preço do dólar não será conduzido. Será flutuante. Cambio flutuante é e continuará de extrema ajuda. Ter uma taxa de câmbio flutuante faz com que consiga equilibrar internamente e externamente a economia brasileira."
Até então muitos analistas no mercado via um piso nos R$ 3,50 e as declarações do Ilan contrariaram essa tese, Há sim espaço para o dólar recuar ainda mais, mas ninguém neste momento arrisca uma aposta.
Se do ponto de vista fundamentalista ninguém consegue estimar um piso para a moeda no cenário atual, vamos então recorrer à análise gráfica para tentar achar pontos de possível suporte.
No gráfico do dólar futuro mostrado acima, o próximo suporte de preços está na região dos R$ 3,29. Porém arrisco a dizer que a queda tem força para alcançar os R$ 3,2 como possível ponto de retorno. Acho pouco provável que a moeda venha abaixo de R$ 3 reais, mas se acontecer, o ponto de retorno estaria em torno de R$ 2,9.
Como já havia anunciado anteriormente, em R$ 3,2 sou comprador da moeda. Assim falou Zaratustra.
Fonte