A oferta é de R$ 3,31 por ação ordinária ou preferencial da companhia o que representa um prêmio de 36,9% para o papel ON e 32,3% para o PN, tomando como base o preço médio ponderado pelo volume dos últimos 30 dias. A oferta representa ainda um prêmio de 27,8% em relação ao fechamento de ontem do papel preferencial e supera em 34,5% o fechamento de sexta-feira da ação ordinária — último negócio registrado com o papel em bolsa.
De acordo com o laudo de avaliação, o banco Santander apurou o valor econômico das ações ordinárias e preferenciais de emissão da Whirlpool do Brasil no intervalo entre R$ 3,01 e R$ 3,31, com a controladora propondo pagar a faixa máxima de preço. Veja no gráfico abaixo a reação do preço do papel WHRL4 após a divulgação da notícia.
Ao mesmo tempo, a Whirlpool do Brasil vai fechar o capital da Brasmotor. A empresa contratou o Itaú BBA como instituição intermediária da OPA e o Santander para elaborar do laudo de avaliação da empresa, que constatou valor econômico das ações da Brasmotor entre R$ 7,11 e R$ 7,82.
O preço ofertado na OPA será de R$ 7,82 por ação ordinária ou preferencial da controlada, a ser pago em moeda corrente. Esse preço está sujeito a ajustes de acordo com dividendos, juros sobre capital próprio, bonificações, desdobramentos, grupamentos ou outras operações societárias semelhantes que eventualmente ocorrerem até o fim do processo.
O preço de R$ 7,82 por papel representa o teto apontado no laudo de avaliação e prêmios de 77,7% e 73,4% frente ao valor médio ponderado das ações ordinárias e preferenciais, respectivamente, pelo volume dos últimos 30 dias. Também representa um prêmio de 77,7% sobre o último negócio com ONs na bolsa, realizado em 22 de junho, quando fecharam a R$ 4,40, e de 71,1% sobre o fechamento da PN ontem, de R$ 4,57. Veja no gráfico abaixo a reação do preço do papel BMTO4 após a divulgação da notícia.
OPA
A oferta pública de aquisição de ações, conhecida no mercado como OPA, é a oferta na qual um determinado proponente manifesta o seu compromisso de adquirir uma quantidade específica de ações, a um preço e prazo determinados, respeitando determinadas condições. O intuito é oferecer a todos os acionistas, em igualdade de direitos, a possibilidade de alienar as suas ações em situações que normalmente envolvem mudanças na estrutura societária da companhia. O termo em inglês muito utilizado para tratar da OPA, quando a mesma busca a aquisição de controle de outra empresa, é take over.
Para realizar o fechamento de capital da empresa, o acionista controlador ou a própria companhia deve realizar a OPA, por meio da qual serão comprados os papéis dos acionistas minoritários, garantindo ao ofertante uma maior participação na empresa. De acordo com normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o preço justo, valor pelo qual as ações serão compradas pelo ofertante, deve ser definido por meio de um laudo de avaliação da companhia, que é feito por uma empresa com experiência comprovada na área.
O laudo que define o preço justo é feito com base em três critérios: o preço médio de cotação das ações nos últimos 12 meses; o valor econômico da companhia, calculado de acordo com indicadores como seu fluxo de caixa; e o valor do patrimônio líquido por ação da companhia. Como o preço justo é formado por essas três variáveis, ele pode ser maior ou menor do que a cotação atual da ação na Bolsa. Como o ofertante depende da aceitação dos acionistas para concluir a OPA, ele pode oferecer um valor acima do que foi definido no laudo e acima do valor de mercado da ação para garantir uma maior adesão dos investidores.
As empresas com capital aberto no Novo Mercado, no Nível 2 e no Bovespa Mais, devem, obrigatoriamente, fixar um valor de oferta superior ao valor econômico apurado no laudo de avaliação. Nos segmentos restantes, Nível 1 e Tradicional, a oferta mínima pelo valor econômico varia conforme o estatuto social da empresa. Cada segmento de listagem possui regras de governança corporativa próprias e toda empresa listada se enquadra em um deles, devendo se adequar às normas pertinentes a cada caso.
Procedimentos
O primeiro passo para a realização da OPA é a publicação do fato relevante sobre a realização da oferta. Em seguida, o pedido de fechamento do capital deve ser protocolado em um prazo de até 30 dias na CVM, que decidirá se a autorização será concedida ou não dentro de um novo prazo de 60 dias. Nesses dois meses, a CVM pode exigir algumas mudanças na OPA para que ela seja aprovada.
Depois de obter o registro na CVM, a OPA deve ser divulgada por meio de um edital em jornais de grande circulação em um prazo de 10 dias. Uma vez publicado o edital, a OPA pode ser realizada dentro de um prazo mínimo de 30 dias e máximo de 45 dias em um leilão na Bolsa. E no edital já deve estar definida a data em que o leilão será realizado.
Cabe ao investidor credenciar, até a véspera do leilão, uma corretora para representá-lo, seja para concordar com o fechamento do capital ou discordar. Caso mais de 10% dos acionistas não concordem com o valor proposto na OPA, em até 15 dias depois da publicação do edital eles devem se organizar para convocar uma assembleia, na qual eles deverão defender a falha na metodologia do laudo de avaliação para que o leilão seja adiado e uma nova avaliação seja feita por outra empresa.
Caso uma nova avaliação ocorra e o valor final do novo laudo seja superior ao anteriormente proposto, passa a valer o preço mais alto. Mas, caso o novo valor seja inferior, permanece o preço da oferta anterior. Se for definido um novo valor superior ao inicial, cabe ao ofertante, em um prazo de cinco dias, informar se manterá ou se desistirá da OPA. A oferta também poderá ser suspensa se durante o leilão não houver a adesão de dois terços dos acionistas.
Leilão
O investidor deve ficar muito atento para não perder a data de cadastramento da corretora no leilão. Como a empresa terá autorização da CVM para tirar o papel de circulação após a OPA, se a pessoa perde o leilão ela sai muito prejudicada, porque a ação deixa de ser negociada em Bolsa e a empresa pagará o que quiser por ela.
Os acionistas que não participaram do leilão de compra têm até três meses para procurar a empresa e receber o dinheiro, tomando como referência o preço das ações no dia do leilão. Passado esse período, a empresa não é mais obrigada a recomprar suas ações, que deixam de ser negociadas em Bolsa e passam a ser compradas e vendidas em mercado de balcão não organizado.
O investidor pode optar por manter as ações, mesmo depois de fechado o capital da empresa, se acreditar no seu potencial. Porém o investidor fica sem liquidez, ou seja, ele não pode vender a ação a qualquer hora já que a empresa de capital fechado não tem mercado. Ele vai precisar procurar um interessado na ação se quiser vendê-la.
O acionista que perder o prazo de recompra pode entrar em contato com a tesouraria da empresa para verificar se ela tem interesse em adquirir os papéis. Em caso afirmativo, o preço será acordado entre as partes, podendo ou não ser o mesmo valor do dia do leilão, sem obrigatoriedade alguma de correção.
Para evitar perdas decorrentes do fechamento de capital é importante que o investidor fique atento às movimentações da empresa e avalie os motivos da sua saída da Bolsa, quando houver essa previsão. Ao perceber que haverá, por exemplo, algum tipo de disputa pelas ações, pode valer a pena manter a ação até o leilão. Mas caso o investidor considere que o laudo de avaliação da empresa poderá definir um valor abaixo de seu preço de mercado, vendê-la antes da OPA pode ser o melhor caminho.
Observar o nível de free float da empresa também pode ser uma boa estratégia para evitar prejuízos. O free float corresponde à parcela de ações da empresa que se encontra em circulação na Bolsa. Quanto menor o free float, menos interesse o controlador terá em relação aos minoritários, já que eles terão um poder de barganha menor em um eventual fechamento de capital da empresa.
Fonte 1
Fonte 2
Uo,
ResponderExcluirNa bolsa não tem tanta liquidez e tal ... mas é uma baita empresa, morei em Joinville. Uma pena ... número de empresas em bolsa de valores é um bom termômetro no desenvolvimento economico de um país ..
Os produtos pelo menos tem fama de bons produtos. Já tive esta empresa em carteira, mas há mt tempo parei de acompanhar.
ExcluirUó um dos grandes diferencias dos produtos Brastemp são a durabilidade e fácil reposição de peças. Já troquei, euzinho, 06 vezes peças de reparo, algumas destas custaram R$4,00. Obs: só a visita, se contratasse, seria R$50,00.
ResponderExcluirFalando na Bolsa,se hoje fosse investir iria de PETR, acredito que aós a sangria desenfreada da corrupção, e ela continuou de pé, irá se recuperar e muito.
Teve que trocar peças 6x?! então a durabilidade não está tão boa assim, rs, brincadeira. Outro dia eu tb consertei um micro-ondas só olhando vídeo de youtube, rs.
ExcluirTô fora de Petro, muito complicadinha pro meu gosto, nesta semana comprei FRAS3 e SLCE3, estou focando mais nestas ações dora de radar.
*fora
ExcluirOlá Uo,
ResponderExcluirMais uma empresa saindo da bolsa ...
Mostra bem a fase de baixa que estamos, pois com mercado aquecido ocorre o contrário.
Se você avalia o gráfico desta primeira ação Brastemp nos últimos 3 meses, provavelmente ocorreu uma notícia, um inside trading ...
Eu queria era receber estas notícias. Olhei agora a segunda empresa citada, 50% de alta ... Era colocar R$ 50.000,00 e sair com R$ 100.000,00 no mesmo dia!
Já pensou?
Pensando bem, deve ter quem viva somente de ‘insider trading’ usando laranjas. Não deve?
Hehehe viajei na maionese.
Abraço
Tb percebi este "insider" no gráfico, mais especificamente no último pregão. Coisas do Brasil.
ExcluirMas o pessoal tá fechando capital em um bom momento, o preço das empresas está depreciado na bolsa, quem comprou no final do ano passado e início deste ano vai se dar bem mesmo com a OPA. Eu mesmo fiz mais de 5 compras em outras ações que já dobraram de valor desde o preço de entrada, mas infelizmente estava com pouca grana no início do ano. Estou com uma grana parada aqui, só comprando umas empresas que ninguém olha e que podem dar um bom retorno, pra vc ter uma ideia até BOBR4 eu comprei, rs.
Kkk boa.
ExcluirAcho que vale a pena de vez enquando colocar uma 'graninha sobrando' e ver no que da.
Abraco
Na verdade não é "ver no que dá", estou vendo potencial futuro.
ExcluirUó,
ResponderExcluirTudo Bom?
O que anda comprando na Bolsa? Estou posicionado em Rumo, Ecorodovias, Ultrapar e Gerdau. Alguma está valendo a pena apostar? Small Caps?
Abraços,
Guilherme.
Opa, as ultimas smalls que comprei foram ANIM, PINE, VLID, LINX, CTAX, SLCE, FRAS e BOBR. Mas do jeito que o mercado tá ficando eufórico qq coisa que vc comprar vai subir, rs.
ExcluirDaqui a pouco se continuar nesse ritmo só vai sobrar vale petr e bb pra gente poder comprar
ResponderExcluirE eu pensava que um dia a ibov se tornaria a maior bolsa da América latina.
Falando nisto, qual é a maior bolsa a A.L.?
ExcluirOk Chile ainda está muito longe mas se a ibov continuar com mais opa que ipo fica dificis
ExcluirNão conhecia essas empresas (na verdade conhecia a marca, mas não sabia que era negociada na bolsa brasileira)
ResponderExcluirAchou ruim a notícia, olhei os números da empresa e gostei muito deles.