O Agronegócio no Brasil tem uma expressiva participação na economia do país e representou aproximadamente 22,15% do PIB em 2012. Nos últimos 20 anos, a área plantada com grãos cresceu 37% e produção, mais de 176%. Atualmente o país ocupa notável posição mundial na produção agroindustrial.
- 1º produtor mundial de café, açúcar e laranja.
- 1º exportador mundial de carne bovina e de aves.
- 1º produtor de cana e açúcar e líder na exportação de açúcar e etanol.
- 2º produtor mundial de soja.
O Brasil é um país com vocação natural para o agronegócio devido às suas características e diversidades. Com seus 8,5 milhões de km o Brasil é o país mais extenso da América do Sul e o quinto do mundo com potencial de expansão de sua capacidade agrícola sem necessidade de agredir o meio ambiente.
O aumento da população e a consequente demanda por alimentos são fatores que contribuem para que o Brasil se consolide como líder mundial no agronegócio e seja conhecido como “celeiro do mundo”.
Projeções do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento indicam perspectivas positivas para o setor nos próximos dez anos. Além da ampliação das lavouras e do crescimento da produção de grãos, é destaque o aumento da produção de carnes – bovina, suína e aves.
Segundo o relatório Projeções do Agronegócio - Brasil 2012/23 a 2022/23, o setor deverá crescer 35% no período. De acordo com o estudo, o responsável pela expansão será o crescimento do consumo, sobretudo interno.
Pelas previsões, em relação aos números deste ano, mais 9,3 milhões de toneladas de carnes serão produzidas no país em dez anos, com o total passando de 26,5 milhões de toneladas para 35,8 milhões de toneladas. Quanto ao consumo de carnes, o relatório projeta aumento de 3,6% ao ano, no período 2013-2023.
As carnes fazem parte de uma cesta mais diversificada, que começa a se formar com o aumento de renda das populações, tanto da população mundial quanto da população local. O produto está diretamente relacionado ao aumento da renda.
O relatório vê possibilidade de crescimento nos demais setores do agronegócio: a produção de grãos deverá passar de 184,2 milhões de toneladas em 2012/13 para 222,3 milhões em 2023, com potencial de produção que pode chegar a 274,8 milhões de toneladas. Isso significa um acréscimo à oferta entre 20,7% e 49,2% na próxima década.
Megafazendas
Um novo conceito no agronegócio nacional e mundial está sendo cada vez mais estudado e explorado, são as chamadas 'Megafazendas', ou seja, grupos empresariais formados por fundos, investidores ou grandes produtores com metas ambiciosas de exploração de terras para a agricultura.
Estes grupos geralmente tem ações negociadas em Bolsa, controle difuso, gestão profissionalizada e planejamento estratégico. Por oferecer mais garantias aos credores, possui também acesso maior a recursos financeiros do que as fazendas tradicionais, permitindo-a investir em estudos hidrológicos, de análise de solo e no desenvolvimento de pessoas.
O maior benefício, porém, é o da escala pois, para formar uma boa margem, é preciso comprar bem os insumos e vender bem a commodity. Em outras palavras, com maior poder de barganha se faz melhor as duas coisas.
A onda de investimentos ganhou força a partir de 2000, com a alta das commodities, principalmente na nova fronteira agrícola brasileira, área conhecida como Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), onde o plantio de soja cresceu mais de 100% na última década.
Além do lucro na operação, as empresas ganham com a valorização da terra. Segundo a Informa Economics FNP, o preço da terra de alta produtividade em Uruçuí (PI), uma das principais áreas do Mapitoba, subiu 256% de 2003 a 2013.
Por serem maiores, as novas empresas do agronegócio conseguem negociar melhor o valor do aluguel das terras, além de obter a preferência dos proprietários por apresentarem menor risco.
Análise
No quadro abaixo listo os três principais grupos que possuem ações negociadas na bolsa. Ao se analisar os múltiplos vemos que o grupo SLC Agrícola se destaca entre os três. A BrasilAgro também apresenta bons números considerando que a empresa está em pleno processo de estruturação e crescimento. Já a Vanguarda Agro é um grupo que, apesar dos números negativos, deve ser colocado no holofote nos próximos anos.
Este mês realizei um pequeno aporte na AGRO3 e devo manter aportes mensais fixos neste grupo nos próximos meses. Além das perspectivas de crescimento considero que o preço do papel está bem descontado e inclusive abaixo do valor patrimonial da empresa. Pretendo também realizar 3 compras com valores mais elevados no papel SLCE3 na carteira de crescimento, no momento só aguardando uma diminuição no preço dos papéis que subiram muito nos últimos meses.
AgroInvestidor
ResponderExcluirCaro UB, sou leitor do seu blog e "apreciador" do tema do post, eu não apostaria na Vanguarda (minha humilde opinião) por ter conhecimento na sua gestão e composição societária franco-brasileira.
SLCE3 excelente empresa (comprovada in loco)....vou ficar mais atento a ela.
AGRO3 vou me informar melhor.
Colocaria em seu radar KEPL3, em virtude da modernização dos silos federais e ampliação da capacidade de armazenamento dos produtores rurais (um dos gargalos do agronegócio) através de linhas de crédito e como meta e plano do governo federal (veja propaganda de BB e CEF direto na tv)
http://www.suinoculturaindustrial.com.br/noticia/editais-para-reforma-e-construcao-de-armazens-serao-lancados-na-proxima-semana/20131003140910_T_314)
Depois dessa licitação federal, é partir para descobrir qtos a KEPL3 venceu.
Querem evitar isso aqui http://revistadinheirorural.terra.com.br/secao/agroeconomia/seca-nervosa
Grande abraço
Agroinvestidor
Olá A.I.
ExcluirEu realmente não estou apostando na VAGR3 face aos seus números atuais, mas é uma empresa a ser monitorada nos próximos anos. A KEPL3 é uma que não apresentava bons números, mas que deu uma arrancada espetacular nos últimos meses. Ela até estava no meu ranking de ações mas acabei trocando-a pela SLCE3, de qualquer forma é uma empresa que estou atento, obrigado pelo toque, talvez até retorne com ela para o ranking.
Este problema de silos no Brasil pode se tornar ainda mais crítico nas próximas safras, o governos terá que agir mais rápido, e a iniciativa privada pode pegar carona nisto.
Volte sempre, você tem blog?
Caro UB,
ExcluirVamos monitorando e acompanhando.
Não possuo blog
Abs
AgroInvestidor
Podia criar um em Agro? Acho que tem muito a acrescentar à comunidade...
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirCaro UB,
ExcluirEstive pensado sobre criar um blog, mas vamos analisar melhor.
Segue um link interessante sobre projeções para o agronegócio brasileiro, que pode auxiliar seus estudos futuros.
Abs
http://apps.fiesp.net/fiesp/newsletter/SCN-Comunicados/8908/newsletter.htm
Obrigado Agro!
Excluircuidado com o MAPITOBA, que voce pode levar só no TOBA... :-)
ResponderExcluirabraço!
kkk, gostei do trocadilho.
ExcluirNa minha opinião, este é o 2º pior setor para se investir. Muito instável e pouco histórico de sucesso na bolsa.
ResponderExcluirAbraços
Olá AdP, prazer em vê-lo por aqui...
ExcluirFiquei curioso, qual seria o primeiro pior e o terceiro pior?
Bom, pode ser sim um dos piores, mas por exemplo, o setor siderúrgico já foi um dos melhores, o de commodities minerais também, não vivemos um mercado cíclico? Será que deveremos ignorar as projeções em vista do passado? É saudável fechar os olhos? Mas por outro lado entendo sua posição, seguir a tendência, não trocar o certo pelo duvidoso, mas eu tenho o perfil arrojado, então prefiro ter em carteira "também" setores que não são a coqueluche do momento, costumo fugir do lugar comum BBAS-ETER-CCRO-VALE-CIEL.
Considero o pior o setor de aviação. Mas é questão pessoal mesmo.
ExcluirVocê está certo, não devemos fechar os olhos, mas commodities e siderurgia são cíclicos. Em determinado momento estão bons e em outro estão ruins. Já setor agro trabalha com margens minúsculas, isso quando em condições boas. O setor lida também com instabilidade climática e vez ou outra tem embargos.
Mas você está estudando bastante o setor e estas empresas, está em melhor condições de avaliação. Tudo o que eu disse são apenas opiniões.
Abraços
Realmente o setor de aviação é o pior, rs. Deste aí eu passo longe.
ExcluirAcredito que estes movimentos de super-safras irão continuar, e estes novos grupos citados no post têm tudo para se dar bem, por enquanto é só uma aposta, mas uma aposta fundamentada nos últimos números e nas projeções citadas.
O fator climático realmente é um risco intrínseco, mas se não estivesse disposto a corres riscos não estaria investindo em ações. Faz parte.
Comparação não muito adequada com o setor siderúrgico, como colocado pelo ADP. Sobre o tal "lugar comum", vc precisa decidir se quer uma carteira boa ou uma carteira diferente. Se vc é como o Mobral, que não gosta de blue chip, há muitas small caps boas na bolsa, só que nem todas descontadas como vc deseja. Já investir em turnaround, estou fora... acho complicadíssimo.
ExcluirPosso ter as duas carteiras, a 'carteira boa' e a 'diferente', uma não exclui a outra. quem disse quem ão gosto de blue chip? gosto também, mas cada uma tem seu momento.
ExcluirÉ verdade, caro Uó, nada impede de reservar uma parte do capital para ativos mais arriscados, desde que a análise seja muito criteriosa. Se me permite, seu texto é ótimo, mas não passam de dados públicos, algo que qualquer pessoa minimamente bem informada já sabe. São apenas notícias. Para acertar um turnaround, o investidor tem que conhecer a empresa e o negócio muito a fundo, detalhes do plano de negócios mesmo, quase como se fosse um funcionário ou diretor. Eu, por exemplo, não tenho tempo para esse tipo de estratégia, por isso sou mais conservador.
ExcluirSim, são publicos, por isto coloquei as fontes para os interessados irem mais fundo. Em relação aos aportes, serão da ordem de 500 reais mensais, vou agora começar fazer b&h à moda bastter na agro-3. Como o capital é pequeno então sinto-me confortável mesmo sem este estudo todo.
ExcluirSó salientando que ela não tem lucros consistentes, então não é à moda Bastter... rs
ExcluirÉ isto aí Troll!
ExcluirTroll, cadê suas atualizações e suas mentiradas sobre GPs?
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