No meu último post, o colega Calvin que escreve no Blog do Calvin deixou o seguinte comentário...
Fico feliz de escrever algo que toca uma determinada pessoa em um determinado momento da sua vida. Muitas vezes a pessoa está angustiada com alguma situação mas na verdade está apenas precisando ouvir algo para que as coisas passem a fazer sentido.
Esta questão do aporte, da acumulação, é algo que aflige quem está em busca da liberdade financeira no futuro próximo. Mas temos que ter em mente que nem sempre será possível aportar o que queremos. E qual o problema disto? Nenhum.
Eu mesmo já fiquei, em alguns momentos da minha vida, meses e meses sem aportar nenhum tostão nas corretoras. Nem por isto deixei de viver. O importante é termos a consciência de entender que a vida é composta de momentos diferentes e, se não estamos ganhando dinheiro, com certeza estaremos ganhando experiência de vida. Afinal, dinheiro é apenas um papel pintado, experiência de vida vale muito mais do que isto.
Mas sim, precisamos acumular. A dúvida que surge é: em qual medida? 10%? 20%? 60% dos rendimentos? Não há resposta, aporte o que der, o que sobrar. Não pode é cair na cilada da acumulação compulsiva, despropositada, patológica.
Me lembrei agora de um caso curioso, que foi mostrado em uma reportagem do Fantástico. Transcreverei abaixo parte da reportagem:
Imagine uma pessoa guardar objetos de todos os tipos dentro de casa. Mas de todo tipo mesmo, milhares de coisas empilhadas até o teto. E, no meio dessa confusão, dólares e barras de ouro.
Uma funcionária pública aposentada do Rio Grande do Sul fazia exatamente isso: escondia um tesouro no meio de uma bagunça gigantesca. Mas, enquanto ela estava viva, ninguém sabia. A verdade só surgiu depois que a mulher morreu. Uma morte misteriosa, que intriga a família e os amigos.
Bernadeth se formou em medicina veterinária. Passou em um concurso público e se tornou fiscal do ministério da Agricultura. Foram 24 anos de carreira, até se aposentar. Bernadeth era solteira, não tinha filhos e escondia um grande segredo. “Ninguém tinha acesso à casa dela. Ela não abria a porta para ninguém”, diz a amiga de Bernadeth
A aposentada tinha um transtorno psiquiátrico: era uma acumuladora compulsiva de objetos.
Os três quartos do apartamento estão cheios de roupas, malas, cobertores, sacolas e outros objetos. Mas o mais impressionante é o banheiro. O box está lotado. Não é possível nem entrar para tomar banho. “A pessoa perde a noção de higiene, não se alimenta adequadamente. Isso vai em uma bola de neve até que você se isola do mundo”, afirma Patrícia Picon.
Amigos e parentes dizem que Bernadeth não fazia nenhum tipo de tratamento médico. “Ela juntava coisas na rua, no lixo. Mas ela sempre dizia que era para doar para alguém”, conta a vizinha que não quis ser identificada.
A vida secreta da aposentada só foi descoberta depois que ela morreu, em julho de 2012, aos 67 anos. A Dona Bernadeth dormia em um quarto, que tem uma coleção de jarros, copos, pilhas de papéis, livros, dezenas de almofadas de todos os tipos e tamanhos. É difícil até de caminhar dentro. E ela foi encontrada morta no quarto ao lado, embaixo de uma pilha de roupas que, segundo a perícia, chegava a quase dois metros de altura.
As roupas cobriam o corpo dela. Os laudos da polícia gaúcha apontaram que o apartamento não foi arrombado, que a aposentada estava morta havia de três a cinco dias e que o corpo não apresentava sinais de violência.
No apartamento, no meio de toda essa bagunça, a aposentada guardava mais de três quilos de ouro e 37 mil dólares, que equivalem a cerca de R$ 115 mil. Uma fortuna que estava dentro de potes de café. Somando isso tudo e mais imóveis e aplicações financeiras, Dona Bernadeth tinha um patrimônio estimado em R$ 2 milhões.
Então amigo, cuidado para não se tornar uma Bernadeth. Acumular é importante mas deve ser o meio e não o objetivo. Sei que é difícil encontrar um equilíbrio entre o gasto e a acumulação. Mas encontrei um jeito simples: eu alterno meu pensamento de tempos em tempos. Hora faço coisas como se eu fosse morrer amanhã, hora me comporto como se fosse morrer com 100 anos de idade, assim consigo abranger os dois espectros comportamentais, do carpe diem ao frugal life style (risos).
Esses tipos de casos são mais divulgados no EUA, por exemplo, onde esse vício de acumulação é terrível, existem até programas de TV que retratam isso, chega a ser bizarro. Desconfio que no Brasil também existam muitas pessoas nessa situação, porém acaba ficando no underground tipo a Dona Bernadeth.
ResponderExcluirTenho medo desses movimentos tipo o FIRE, pois a pessoa pode se tornar obssessiva com isso.
Enfim, Poupar e investir é essencial, mas tem que ter um equilíbrio, assim como tudo na vida.
Sinceramente ás vezes acho que sou um 'poupador compulsivo'.
ResponderExcluirEstabeleci minha meta de aporte nesse ano e já consegui alcançar ela com aportes bem acima do esperado em vários meses (em alguns não consegui se quer a meta), sempre falei que quando chegasse na meta eu usaria os meses restantes do ano para gastar e se poupasse seria sem compromisso.
Agora aqui estou eu fazendo contas sobre o quanto ainda posso economizar nesse ano.
Me senti mal kkkkk.
Belas palavras, Uó!
ResponderExcluirAbraço!
Gostei Uo , penso da mesma maneira. Acredito que o ideal é sempre se presentar quando bater Metas, por exemplo:
ResponderExcluir" Quando chegar aos 200k, irei comprar um Civic de 60Mil Reais"
dessa forma, você vai acumulando e vivendo os prazeres que a vida pode te dar. Essa idéia de só aproveitar a vida depois de 40 ou 50 anos é Bullshit. Embora acredito que quando se é mais novo, tem que trabalhar mais, se esforçar mais para ter boas condições.
Essa é uma boa estratégia, porque assim você se mantém motivado.
Excluirótima postagem. A vida deve ter equilíbrio. serve aquele ditado. caixão não tem gaveta.
ResponderExcluirParabéns pelo conteúdo! Coloquei em minha blogroll. Continue!
ResponderExcluirEquilíbrio realmente é a palavra chave! As vezes abrimos mão de muita coisa qd somos novos e juntamos pra que? pra aproveitar aos 60? Tá errado. Tem que rolar esse meio termo. Lógico que algumas vezes passamos por períodos mais radicais, maaaaaaaas apenas períodos!
ResponderExcluirÓtimo post, uó
abraço
Parabéns pelo post. Tenho para mim que esta questão é a que mais aflige as pessoas na jornada em busca da independência financeira. Pelo menos, é o que acontece comigo. Sou funcionário público com estabilidade, o que poderia fazer com que as pessoas acreditassem que seria fácil para mim dosar o ato de poupar com o ato de aproveitar a vida hoje. Mas a tendência é que nos próximos anos, o meu vencimento irá congelar por causa das políticas governamentais. Daí, me bate a preocupação. Tenho receio de lá na frente não conseguir manter o padrão de vida que possuo hoje. Por conseguinte, continuo focando na poupança por causa desta visão pessimista do futuro. Não é fácil. Se quiserem conhecer minha caminhada, meu blog é www.menteinvestidora.blog.br Abraço!
ResponderExcluirMeu número é 33% dos meus rendimentos líquidos
ResponderExcluirCom isso gasto 66% sem tristeza
Ainda tem o caso do viver de construção q partiu no auge
Abs
Vim aqui para revisitar aquele post, porque é sempre importante para relembrar, e me deparei com esse aqui, chega levei um susto em ver o print do comentário hahaha
ResponderExcluirEstou abrindo mão dos investimentos na bolsa por causa de uma faculdade, na tentativa de mudar de carreira e tentar concurso nessa nova área. De lá para cá os gastos vem sido grandes e para completar essa não é uma faculdade que eu sonhava em fazer, então está meio chato, mas por sorte é uma faculdade curta. Em junho desse ano termino. Mas tem outras duas faculdades que eu penso em fazer, dessa vez não pensando em arrumar um emprego melhor, mas sim por identificação mesmo, estudar por interesse naquela área (meu desejo de consumo não é carro, como o de muita gente, e sim estudos rs), e ainda estou meio em dúvida quanto a isso, porque se eu fizer alguma dessas faculdades, realizo o desejo de estudar aquela área que me identifico, mas ficarei com aportes reduzidos por no mínimo 4 anos. E se não fizer, poderei fazer aportes maiores, mas sem saber como será a minha vida no futuro (se eu terei mais responsabilidades e gastos que me impossibilitem de fazer uma nova faculdade ou se eu não conseguir mudar de área e ficar com o salário estagnado).
Mas como diz a célebre frase:
"Amigo, a vida é o que acontece agora, não é o que acontecerá nos 40 ou 50 anos."
Apesar que o mesmo autor também disse:
"Também não vejo com bons olhos o indivíduo gastar tanto tempo de estudos e especializações para aprender fazer algo na vida e de repente jogar toda aquela bagagem fora."
Que também se encaixa bem no meu caso, de estudo que não tem a intenção de trazer retorno financeiro rs
Então é algo a se pensar. Daqui para junho eu tomo uma decisão.
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