O preço do petróleo segue em queda nos mercados internacionais. Na manhã de hoje o Brent está sendo negociado a US$ 46,42, menor valor em 6 anos. É a pior queda de preços desde 2008, quando os preços do petróleo perderam mais da metade de seu valor em plena crise financeira internacional.
Os principais causadores de tamanha queda são o aumento de produção, em especial nas áreas de xisto dos EUA, e uma demanda menor que a esperada na Europa e na Ásia. Com o boom do xisto nos últimos anos, a produção norte-americana disparou com mais de 9 milhões de barris por dia.
Quem Ganha e Quem Perde
A queda dos preços afeta diretamente as empresas que exploram petróleo e os investimentos no setor. Já os grandes importadores e dependentes do petróleo levam vantagem, como Filipinas e China, que estão aproveitando os preços baixos para impulsionar o crescimento econômico ou reverter a desaceleração econômica.
O preço mais baixo do petróleo também reduz a inflação no mundo todo e é provável que retarde as altas nas taxas de juros nos países ricos.
Grandes comerciantes de petróleo do mundo também têm aproveitado o momento para contratar superpetroleiros para armazenar estoques de barris no mar à espera de uma recuperação dos preços. A estratégia também está elevando as taxas de frete de navios-tanque, e as empresas de transporte têm visto os preços de suas ações subirem.
Grandes consumidores de combustível como as companhias aéreas também podem, em tese, ser beneficiados com o combustível mais barato e levar essa economia para uma redução nos preços.
E a Petrobras?
A queda do preço do petróleo no mercado internacional, em tese, também diminui a rentabilidade dos projetos de exploração do pré-sal, que foram planejados inicialmente levando em conta um preço mínimo do barril de US$ 45 para a produção poder ser considerada economicamente viável.
Porém, de acordo com a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, o custo de extração de petróleo na camada pré-sal não para de cair e atingiu o patamar de US$ 9 o barril - abaixo da média da estatal, de US$ 14,6 por barril, e da média das empresas do setor, de US$ 15 por barril.
A executiva, que apresentou um panorama do pré-sal no almoço-palestra “Pre-Salt: What Has Been Done So Far and What is Coming Ahead” (“Pré-sal: o que já foi feito e o que vem pela frente”), na Offshore Technology Conference 2015, em Houston (EUA), disse que a produtividade do pré-sal excedeu as expectativas e o custo de produção tende a cair ainda mais no futuro próximo.
“Atualmente, a média de produção no pré-sal da bacia de Santos ultrapassa 25 mil barris de petróleo por dia (bpd). Cinco poços produzem, cada um, mais de 30 mil barris por dia. E os campos de Sapinhoá e Lula possuem poços em que a média de produção pode atingir 40 mil barris por dia”, informou.
A petroleira brasileira tem conseguido também reverter parte da perda acumulada no ano passado da defasagem entre os preços dos combustíveis no mercado internacional e os cobrados no mercado interno. Atualmente, o preço nacional da gasolina já está quase 70% acima do preço internacional do combustível importado pela companhia, segundo levantamento do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Mercado Futuro
Operadores de petróleo estão se posicionando para lucrar com mais uma queda nos preços da commodity, tomando grandes posições vendidas nos contratos futuros norte-americanos. Os operadores esperam um consumo menor em refinarias depois do verão norte-americano, enquanto o enfraquecimento de economias asiáticas e alta produção global de petróleo elevam as preocupações sobre o excedente de oferta.
Dados do mercado mostram que especuladores fizeram grandes apostas em novas quedas. O interesse aberto para posições vendidas nos preços do petróleo norte-americano, que mostra o número de negócios apostando em preços mais baixos, quase dobrou desde o início de agosto, para cerca de 247 mil contratos, mesmo com a queda dos preços de quase 15 por cento.
Além de apostar em novas quedas no petróleo norte-americano, operadores também têm assumido agressivamente opções de vendas, que lhes dão o direito de vender um contrato assim que ele cair a um determinado patamar, em valores tão baixos quanto 35 dólares ou até 30 dólares por barril.
Ações da Petrobras
Seguindo a cotação internacional do petróleo, as ações da Petrobras seguem em queda livre na bolsa de valores. É fácil ver, ao comparar o gráfico do papel PETR4 abaixo com o gráfico do Brent acima, a forte relação entre as cotações.
Para os especuladores de plantão, que gostam de se posicionar neste papel na tentativa de alavancar o capital, sugiro não tomar posições compradas no momento. Circulei em amarelo, no indicador de força relativa (IFR), os pontos de reversão de tendência de curto prazo passados. Um novo clico de alta poderá ocorrer, porém o sinal ainda não foi dado.
Fonte 1
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Fonte 3
Boa análise Duó! Penso na mesma linha que vc, mas ontem a taxa para fazer uma trava de alta estava muito boa e não resisti. PETRI7/PETRI9, break-even em 8,31. Vamos ver no que dá rsrs
ResponderExcluirTomara que dê certo, mas nem sei como funciona isto, rs.
ExcluirAh, mexer um pouquinho com opções ajuda a remunerar um pouco a carteira nesses tempos sem se expor demais. Abraço!
ExcluirNunca mexi, nem sei se vou mexer um dia, rs
ExcluirO Brasil tem que aproveitar o Nióbio!
ResponderExcluirTem reservas?
ExcluirPorra os caras roubam 80 milhões de dólares (dólares) - Edu Cunha
ResponderExcluirSe eu recebo milzinho por fora, ponho na conta e não declaro a receita me pega. Que porra é essa Uó?
Pois é.
ExcluirUó, essa Petr4 chegará a uns 7 reais até o fim de ano hein?!
ResponderExcluirNão será no fim do ano, apresentará fundo talvez no próximo mês. Estou apostando nos 6 reais. Vamos aguardar.
ExcluirAo contrário da Petrobras, empresas como Exxon, Chevron e Shell se adaptam a essa nova realidade. Demitem, fecham operações, vendem ativos. Já aqui, o objetivo da estatal sempre será outro.
ResponderExcluirIsto é um fato.
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