A turma do Porta dos Fundos foi direto ao assunto sem rodeios, deram nomes aos bois, admiro este pessoal pelo bom humor e pela crítica de cara limpa.
Através do site analytics-r tem-se um gráfico interativo dos financiadores dos presidenciáveis. Os valores são elevados, a JBS por exemplo entrou com 113 milhões no total, mas isto é apenas um troquinho se for considerado o valor 10 bilhões que o governo injetou na empresa.
A oposição levou a menor parte. Sócio de empresas e fundos de pensão ligados ao governo nos seus principais negócios, os donos do JBS concentraram 80% das doações nos governistas. O PT recebeu 25% do dinheiro doado e outros 55% foram destinados a sete partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff.
A empresa também lidera, ao lado da construtora OAS, a lista de maiores doadores da campanha à reeleição de Dilma, a quem deu R$ 20 milhões. Marina Silva (PSB) recebeu R$ 6 milhões, e Aécio Neves (PSDB), R$ 5 milhões.
Nos últimos oito anos, o JBS aumentou em 465% o valor que destina à política. Na eleição de 2006, a primeira em que atuou com força no financiamento de campanhas, deu R$ 20 milhões (em valores atualizados). Em 2010, a empresa entrou com R$ 83 milhões, que ajudaram a eleger oito governadores, sete senadores, 40 deputados federais e 19 deputados estaduais, além de Dilma.
A busca por acesso ao meio político cresceu na mesma velocidade com que os negócios dos Batista se agigantaram. Apoiado por aportes bilionários do BNDES, o frigorífico, que faturava R$ 3,7 bilhões em 2005, agora tem fábricas em 12 países, 200 mil funcionários e faturou R$ 92 bilhões em 2013.
Para o professor Sergio Lazzarini, do Insper, uma das vantagens que os doadores buscam é acesso facilitado aos candidatos que ajudam a eleger. "Eles conseguem atenção do governo quando necessário e têm ajuda de parlamentares para acelerar ou retardar projetos."
A arrancada do JBS começou com a decisão do governo Lula de turbinar quatro frigoríficos para transformá-los em grandes multinacionais. Dois deles quebraram, um não decolou, e o único que seguiu em frente foi o JBS.
A empresa cresceu comprando concorrentes em dificuldade, no Brasil e no exterior, com apoio do BNDES. Foram R$ 9,5 bilhões, entre aportes e financiamentos. Hoje, o banco é o segundo maior acionista da empresa, com 24,59%. A Caixa Econômica, também controlada pelo governo, tem 10%. A família Batista tem 41,12%.
Depois do JBS, os Batista se diversificaram. Atualmente, têm banco, fabricam cosméticos e produtos de limpeza, são sócios da estatal Furnas e construíram uma grande fábrica de celulose, onde são sócios dos fundos de pensão Petros e Funcef.
Fonte: Folha
Tipo assim... as mesmas empresas financiando candidatos diferentes? Burros somos nós, né?
ResponderExcluirAquelas que tem poder de fogo atiram pra todo lado, rs
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