domingo, 26 de janeiro de 2014

NTN-B Principal para 2035

De uma forma bem simplória, defini que meus investimentos em renda fixa seriam compostos apenas de títulos do governo (tesouro direto), mais especificamente a NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional Série B). O objetivo com este investimento é basicamente acumulação de capital para aposentadoria.

Acredito que investir no tesouro direto é mais vantajoso do que aportar em um plano de previdência por exemplo. O leitor poderá realizar uma rápida busca no Google e verá que é quase unanimidade entre os analistas que atualmente o melhor título para acumulação de capital visando aposentadoria são as Notas do Tesouro Nacional Série B.

As Notas do Tesouro Nacional (série B) são subdividas em dois títulos: NTN-B e NTN-B Principal. A principal diferença entre eles é que o primeiro possui pagamento por meio de cupons de juros e o segundo, no vencimento. A maior desvantagem da NTN-B pura em relação à Principal é a antecipação do imposto de renda. Para quem precisa de renda periódica, o cupom semestral é uma boa estratégia, mas para aposentadoria, é melhor deixar o título rendendo para só pagar o imposto no final.

As alíquotas variam conforme o tempo em que o dinheiro está investido naquele título: 22,5% para 180 dias; 20% entre 181 e 360 dias; 17,5% entre 361 e 720 dias e 15% para prazos superiores a 720 dias. Ou seja, no caso da NTN-B pura, o investidor ainda começará pagando as maiores alíquotas de IR nos primeiros cupons.

A NTN-B Principal é um título pós-fixado que está vinculado ao IPCA. Como principal vantagem, a NTN-B Principal permite ao investidor obter rentabilidades em termos reais, ou seja, ganho descontado da inflação. A NTN-B Principal remunera, além da variação do IPCA entre a data da compra e a data de vencimento do título, uma taxa de juros que pode ser entendida como ganho real. Em outras palavras, o IPCA garante a manutenção do poder de compra, e essa taxa de juros define o ganho real do título.

De forma simplificada, a rentabilidade proporcionada pelo título será em função do IPCA acrescido pelos juros reais da NTN-B Principal. A NTN-B Principal é composta por um fluxo de caixa simples, pois o pagamento é feito por uma parcela única na data de vencimento do título, conforme demonstração:


O Preço Unitário representa a quantia gasta pelo investidor para adquirir o título. A Data de Compra é como o próprio nome indica, a data em que o título foi comprado. Entre a compra e a venda, ocorre o faturamento dos juros vinculados ao IPCA que na demonstração está indicado por taxa de juros efetiva no período.

O Valor de Resgate é a quantia que o investidor irá receber após ter adquirido o título. Este valor incorpora a variação do IPCA e os juros reais do período. A Data do Vencimento indica a data em que o investidor realiza o resgate do valor aplicado e a venda do título. Atualmente, existem três opções de NTN-B Principal disponíveis para compra: com vencimentos para 2019, 2024 e 2035. Para saber qual delas comprar, é preciso entender seus riscos.

Se o investidor ficar com o título até o vencimento, ele ganhará exatamente o que foi pactuado na compra. Mas caso ele queria se desfazer do papel antes, ficará sujeito a aceitar o que o mercado está disposto a pagar por ele, podendo ter prejuízo se vendê-lo em um momento ruim.

NTN-B Principal para 2035

A taxa de juros relativa à NTN-B principal para 2035 atingiu na última sexta (24/01/2014) incríveis 7.05% para compra e 7.15% para venda como pode ser observado na tabela abaixo. Um bom convite ao investidor que visualiza uma estratégia de investimento de prazo mais longo, visando aposentadoria por exemplo.


No gráfico abaixo visualizamos a evolução do preço do título  desde janeiro de 2013. Vemos claramente que o preço está no menor patamar apurado neste período, talvez até no menor patamar histórico o que não saberei dizer pois não apurei os valores anteriores a 2013.


No gráfico abaixo visualizamos a evolução da taxa de compra do título desde janeiro de 2013 que vem a culminar no valor de 7.05% verificado na última sexta.
 

Acredito que estamos passando por um período único na história recente, onde cada investidor deve fazer seu dever de casa e selecionar os melhores investimentos de acordo com seus objetivos e perfil de investimento.

Opções não faltam, além do tesouro direto temos aí a forte queda verificada nos FIIs que deixaram atraentes novamente muitos fundos bem administrados e estáveis, mesmo considerando um cenário futuro nebuloso para o setor imobiliário. Não podemos também deixar de considerar a queda recente das ações, temos no momento algumas pechinchas na bolsa e só não vê quem não quer.

O momento é de cautela sim pois o cenário futuro da economia do país também não é dos mais promissores, mas não podemos ficar atônitos diante das oportunidades que surgem e sim ter a clareza e discernimento de entender que o mercado é cíclico e imprevisível, e diante disto devemos agir de forma ponderada porém objetiva.

Uma boa semana a todos!

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Quanto Você Gastou com seu Automóvel em 2013?

Segundo esta reportagem da AutoInforme, o custo do brasileiro médio com o seu automóvel aumentou 4,9% em 2013, valor este acima do IPC que foi de 3,88%. A inflação do automóvel acompanha a evolução dos preços de peças, serviços, combustíveis, impostos e seguros. O custo médio mensal para se manter um carro em 2013 foi de R$ 1.054,00 o que corresponde a R$ 12.648,00 por ano. Lembrando que este número não inclui prestações e depreciação, apenas as despesas com o veículo.


O maior contribuinte para o aumento dos gastos foi o setor de serviços, que acumulou alta de 5,93%. A lavagem simples ficou 14,2% mais cara. Já o estacionamento por hora subiu 5,81%.

Outro aumento determinante foi o dos combustíveis na média de 5,72%. Peças de reposição tiveram alta de 4,48%. Já o preço do seguro subiu 4,66%.

Por outro lado, impostos ficaram mais baratos 2,72% graças à queda do preços do carro usado de onde é tirado o percentual do IPVA que teve queda de 4,92%.


A tabela acima apresenta o gasto médio mensal do brasileiro segundo a AutoInforme. Abaixo apresento os gastos que tive em 2013 com meu automóvel popular ano 2001:


Na categoria Combustíveis fiquei alinhado com o gasto médio já que gastei apenas um pouco menos que a média.

Na categoria Peças fiquei bem abaixo da média. Apesar de ter um carro com muitos anos de uso as peças do mesmo são muito baratas o que me trás uma economia muito grande nas oficinas.

Na categoria Serviços fique bastante abaixo da média, isto porque lavo o carro de três e três meses, rs. E uso muito pouco serviços de estacionamento.

Na categoria Impostos o meu número acabou ficando superior à média, não entendi o motivo já que o IPVA do meu carro é muito baixo (305,73).

Na categoria Seguros a diferença foi gritante (53,64 para a minha média e 229,73 para a média do brasileiro).

Abaixo apresento os gastos com o meu automóvel nos últimos anos:


Quanto seu Carro vai Custar em 2014?

Segundo o site VRUM, o proprietário de um Volkswagen Gol, modelo mais vendido no Brasil, vai gastar R$ 8.487 em 2014. Já a pessoa que tem um Range Rover Evoque na garagem vai desembolsar R$ 21.490 no próximo ano. O montante total inclui gastos fixos com impostos, manutenção, combustível, além de seguro particular. Ainda assim, na conta não estão incluídos imprevistos, como a quebra de alguma peça.

Confira os gastos para 2014 dos 10 carros mais vendidos do ano (sem incluir o valor do seguro particular):

Gol - R$ 30.220

IPVA - R$ 755,50
Licenciamento - R$ 68,13
DPVAT - R$ 105,65
Revisões - R$ 440,00
Combustível - R$ 5.608
TOTAL = R$ 6.977,28

Palio - R$ 24.570

IPVA - R$ 614,25
Licenciamento - R$ 68,13
DPVAT - R$ 105,65
Revisões - R$ 172,00 (15.000 Km)
Combustível - R$ 4.819,67
TOTAL = R$ 5.779,70

Fiesta - R$ 26.990

IPVA - R$ 674,75
Licenciamento - R$ 68,13
DPVAT - R$ 105,65
Revisões - R$ 504 (R$ 224 (anual ou 10.000 Km) + R$ 280 (20.000 Km))
Combustível - R$ 5.444,44
TOTAL = R$ 6.796,97

HB20 - R$ 33.295

IPVA - R$ 832,37
Licenciamento - R$ 68,13
DPVAT - R$ 105,65
Revisões - R$ R$ 119,13 (anual ou a cada 10.000 Km)
Combustível - R$ 5.113,04
TOTAL = R$ 6.238,32

Onix - R$ 31.790

IPVA - R$ 794,75
Licenciamento - R$ 68,13
DPVAT - R$ 105,65
Revisões - R$ 696 (R$ 196 (10.000 Km) + R$ 500 (20.000 Km))
Combustível - R$ 5.600
TOTAL = R$ 7.264,53

Sandero - R$ 28.690

IPVA - R$ 717,25
Licenciamento - R$ 68,13
DPVAT - R$ 105,65
Revisões - R$ 646 (R$ 187 (10.000 km) + R$ 459 (20.000 Km))
Combustível - R$ 4.741,93
TOTAL = R$ 6.278,96