quarta-feira, 25 de março de 2015

Qual o Melhor Seguro de Automóvel (Porto Seguro, Sulamérica ou Azul)?

Bom dia pessoal!

Estou realizando a cotação do seguro para o novo automóvel e até o momento a melhor opção está sendo a Sulamérica. Meu seguro atual é da Porto. Já tive também da HDI. Não tenho nada a reclamar da Porto e da HDI pois sempre que precisei dos serviços fui prontamente atendido. Gostaria de saber se os colegas já tiveram experiência com a Sulamérica e como foi.


Em termos de preço a Sulamérica está imbatível...

Para o veículo Cobalt Sedan LT 1.4 2015/2015

- Sulamerica Seguros
Colisão, incêndio, furto e roubo
R$100.000 de cobertura de danos materiais
R$100.000 de cobertura de danos corporais
R$5.000 de cobertura de APP
Franquia reduzida no valor de R$1.356,59
100% da tabela FIPE
Assistência 24 horas
Cobertura para vidros, retrovisores, faróis e lanternas
Valor total para seguro novo (bônus 0) : R$1.990,00
Valor total para renovação (bônus 10) : R$1.276,15
4x sem juros no débito em conta

- Azul Seguros
Colisão, incêndio, furto e roubo
R$100.000 de cobertura de danos materiais
R$100.000 de cobertura de danos corporais
R$5.000 de cobertura de APP
Franquia reduzida no valor de R$1.470,00
100% da tabela FIPE
Assistência 24 horas com 400km de reboque
Cobertura para vidros, retrovisores, faróis e lanternas
Valor total para seguro novo (bônus 0) : R$2.098,54
Valor total para renovação (bônus 10) : R$1.484,65
4x sem juros no débito em conta

- Porto Seguros
Colisão, incêndio, furto e roubo
R$100.000 de cobertura de danos materiais
R$100.000 de cobertura de danos corporais
R$5.000 de cobertura de APP
Franquia reduzida no valor de R$1.470,00
100% da tabela FIPE
Assistência 24 horas
Cobertura para vidros, retrovisores, faróis e lanternas
Valor total para seguro novo (bônus 0) : R$2.437,84 (já com desconto do cartão Porto)
Valor total para renovação (bônus 10) : R$1.880,51(já com desconto do cartão Porto)
5x sem juros no cartão de crédito Porto Seguro

Para o veículo Cobalt Sedan LTZ 1.8 2013/2013

- Sulamerica Seguros
Colisão, incêndio, furto e roubo
R$100.000 de cobertura de danos materiais
R$100.000 de cobertura de danos corporais
R$5.000 de cobertura de APP
Franquia reduzida no valor de R$1.220,66
100% da tabela FIPE
Assistência 24 horas
Cobertura para vidros, retrovisores, faróis e lanternas
Valor total para seguro novo (bônus 0) : R$2.504,52
Valor total para renovação (bônus 10) : R$1.289,87
4x sem juros no débito em conta

- Azul Seguros
Colisão, incêndio, furto e roubo
R$100.000 de cobertura de danos materiais
R$100.000 de cobertura de danos corporais
R$5.000 de cobertura de APP
Franquia reduzida no valor de R$1.470,00
100% da tabela FIPE
Assistência 24 horas com 400km de reboque
Cobertura para vidros, retrovisores, faróis e lanternas
Valor total para seguro novo (bônus 0) : R$2.496,72
Valor total para renovação (bônus 10) : R$1.632,82
4x sem juros no débito em conta

- Porto Seguros
Colisão, incêndio, furto e roubo
R$100.000 de cobertura de danos materiais
R$100.000 de cobertura de danos corporais
R$5.000 de cobertura de APP
Franquia reduzida no valor de R$1.470,00
100% da tabela FIPE
Assistência 24 horas
Cobertura para vidros, retrovisores, faróis e lanternas
Valor total para seguro novo (bônus 0) : R$3.282,98 (já com desconto do cartão Porto)
Valor total para renovação (bônus 10) : R$2.071,22(já com desconto do cartão Porto)
5x sem juros no cartão de crédito Porto Seguro

Poucos dias atrás fiz o cartão de crédito da Porto Seguro por indicação do colega E.I. (link) para obter 5% de desconto na próxima renovação do seguro mas nem assim será vantajoso. Mesmo sendo sócio da empresa terei que abandoná-la.

Algumas dicas para baixar o preço do seguro...

1 - Carro na garagem paga menos. Quanto menos o carro for exposto a riscos, menor o valor do seguro. Deixá-lo na garagem ou em estacionamentos fechados diminui as chances de roubo, furto e de alguns acidentes. O simples fato de ter garagem em casa pode reduzir o preço em até 25%.

2 - Faça com que motoristas jovens sejam condutores eventuais. A inexperiência no trânsito e a maior disposição para correr riscos acabam pesando no preço dos seguros feitos em nome de pessoas com idades de 18 a 25 anos. Por isso, se o jovem usar pouco o carro, é melhor que ele seja um condutor eventual do veículo dos pais, utilizando-o no máximo 15% do tempo, do que fazer um seguro em seu nome. Mas é fundamental que o tempo de uso do veículo não ultrapasse esse limite. Em caso de sinistro, se a seguradora verificar que o condutor principal era o jovem e não um dos pais, a família pode perder o direito à indenização.

3 - Equipamentos de segurança reduzem o preço. Ter equipamentos contra roubo instalados, como rastreadores, facilita a localização do veículo e diminui o risco da seguradora, reduzindo também o valor do seguro. No entanto, corretores e executivos de seguradoras alertam que só vale a pena fazer essa instalação caso ela seja oferecida pela própria companhia. Do contrário, os custos com a compra e manutenção do equipamento não compensam. Em geral, as seguradoras instalam esses equipamentos de graça nos carros com índices de roubo e furto mais altos. O desconto no valor do seguro pode chegar a 20%.

4 - Carros antigos pagam mais. Se o segurado puder trocar o veículo periodicamente, a cada três ou cinco anos, pode se prevenir contra um aumento no seguro. Vale lembrar que o fabricante não é obrigado a manter todas as peças no mercado para modelos com mais de dez anos. E a dificuldade de encontrar peças encarece o seguro.

5 - Escolha a cobertura ideal para seu bolso. A abrangência da cobertura do seguro também influencia no preço final, mas é preciso avaliar que itens são realmente necessários. Existem as coberturas completas (colisão, incêndio, roubo e furto), as parciais (só contra incêndio e roubo, por exemplo), a cobertura de responsabilidade civil facultativa (RCF) e a de acidentes pessoais de passageiros (APP), destinada às despesas médicas dos ocupantes do veículo segurado.

6 - Além disso, as seguradoras oferecem uma série de serviços extras, como assistência 24 horas, auxílio em caso de pane seca e elétrica, carro extra para quando o veículo segurado estiver na oficina, traslado e hotel caso o sinistro ocorra fora da cidade do segurado, e até serviços domésticos, como conserto de aparelhos eletroeletrônicos, help desk de informática, chaveiro e consultas veterinárias gratuitas. Fora os seguros adicionais para acessórios.

7 - É claro que tudo tem seu preço. Na hora de escolher, cabe avaliar o que é realmente necessário e o que é dispensável. Para alguns modelos de veículo, por exemplo, pode não valer a pena fazer um seguro completo. Os antigos e fora de linha têm peças de reposição muito caras ou simplesmente impossíveis de achar no mercado. Por essa razão, fazer cobertura contra colisão, nesses casos, pode ter um preço exorbitante.

8 - Se o carro for aquele xodó que só circula em torno do quarteirão no fim de semana, pode-se fazer apenas um RCF, para se precaver contra eventuais danos a terceiros em caso de acidente. Mas se o carro antigo rodar mais que isso, uma cobertura só contra incêndio e roubo ainda sai bem mais em conta.

9 - Os corretores em geral recomendam que não se corte demais a cobertura, para não ficar em apuros no momento do sinistro. Por exemplo, a assistência 24 horas normalmente está incluída nas coberturas mínimas. Em geral, não compensa limitar esse serviço, como propõem algumas seguradoras. “Em certas companhias é possível restringir o número de utilizações para a assistência 24 horas ou a quilometragem que o guincho pode percorrer até o local do sinistro. Isso não vale a pena, pois barateia muito pouco em relação à dor de cabeça que o segurado pode ter”, explica o corretor Carlos Lucena.

10 - Baixe o seguro do segundo veículo da família. Se o segundo carro da família só for utilizado eventualmente, sem objetivos comerciais ou de ida e volta diária ao trabalho, o valor do prêmio será naturalmente mais baixo. Na hipótese de sair caro demais fazer mais um seguro completo, pode-se contratar apenas a cobertura de responsabilidade civil facultativa (RCF), que é aquela que cobre os danos causados a terceiros.

11 - Seja um motorista exemplar. Segurados que não têm registro de sinistro no último ano recebem bônus, isto é, um desconto na hora da renovação. Quando ocorre um sinistro, o segurado pode perder uma classe de bônus, o que pode reduzir o desconto. Os bônus pertencem ao segurado, ou seja, ele carrega o desconto consigo se mudar de seguradora. Evitar multas também é uma boa maneira de tentar reduzir o valor do prêmio, pois algumas seguradoras concedem desconto para quem não tem pontos na carteira.

12 - Em caso de danos com custos próximos ao valor da franquia, não acione o seguro. Os consertos só são cobertos pelo seguro caso seus custos ultrapassem o valor da franquia. Se o segurado tiver bônus e os custos de reparo estiverem só um pouco acima do valor da franquia, o melhor é não acionar o seguro, para não correr o risco de perder uma classe de bônus. O segurado arca com as despesas de reparo e deixa para acionar o seguro quando os danos forem realmente grandes.

13 - Modifique o valor da franquia de acordo com seus riscos. As companhias de seguros oferecem três modalidades de franquia. A obrigatória, que é a quantia normal, proporcional ao valor do seguro; a facultativa, somada à obrigatória para subir o valor da franquia e, com isso, reduzir o prêmio; e a reduzida, menor que a obrigatória, mediante um aumento do valor do prêmio. Se a maior preocupação do segurado for roubo, aumentar o valor da franquia pode ser uma boa opção para pagar um prêmio menor, mas a cobertura contra colisões também será reduzida. Mas atenção: dobrar a franquia não significa que o prêmio vai reduzir à metade. A queda varia somente entre 10% e 20%. Já para os motoristas que se preocupam mais com colisão do que com roubo pode ser mais vantajoso optar pela franquia reduzida. Embora aumente o valor do prêmio de 20% a 30%, a franquia mais baixa permitirá que mais eventos estejam cobertos.

14 - O seguro contratado na concessionária pode ser mais vantajoso. Algumas montadoras, como Mitsubishi, Volkswagen e Honda, oferecem a contratação do seguro diretamente na concessionária no ato da compra. Esses pacotes podem ser ligeiramente mais baratos para alguns modelos específicos, como os que ainda não possuem estatísticas de sinistros no mercado, os esportivos e algumas picapes. Segundo o presidente da Mitsubishi no Brasil, Robert Rittscher, o seguro de uma Pajero TR4 pode custar 3,7% do valor do carro na concessionária ao passo que no mercado o seguro fica acima de 4,5% do preço do veículo. Além disso, as montadoras costumam oferecer outros benefícios, como garantia de conserto em uma concessionária da marca, o que para um carro zero é essencial para não haver perda do direito à garantia da peça reparada. Existem outras vantagens. Na Honda, por exemplo, há produtos específicos para portadores de necessidades especiais. Já na Mitsubishi, há facilidades no parcelamento, a cobertura de responsabilidade civil costuma ser mais alta que a média do mercado e, no caso de roubo ou furto com menos de seis meses de seguro, a montadora dá um carro novo para o segurado.

15 - Pesquise a melhor seguradora. A contratação de um seguro, no Brasil, exige a intermediação de um corretor. Por isso, o primeiro passo é pesquisar bastante para encontrar uma boa corretora, que trabalhe com seguradoras de renome e, de preferência, indicada por alguém de confiança. Uma boa opção é checar no Procon local se a corretora e as seguradoras têm contra elas alguma reclamação grave. Também é importante cotar o seguro em várias seguradoras, pois como o cálculo do preço é baseado nas estatísticas de sinistros de cada companhia, o valor da apólice, para um mesmo perfil, pode variar de uma seguradora para a outra. “Para contratar um bom seguro é fundamental procurar um profissional que conheça o ramo e não se ater somente ao valor final, mas principalmente à cobertura oferecida”, aconselha Marcelo Sebastião, diretor do ramo de automóvel da Porto Seguro. Na busca do melhor serviço pelo menor preço possível, a saída é transformar o corretor em um aliado. Ele deve ser disponível e orientar o segurado a tomar as melhores decisões. “O corretor deve ser um guardião dos bens do cliente e não um simples vendedor. Ele é corresponsável pelo seguro. Bom preço é uma consequência do seguro bem contratado”, opina Clécio Brichesi, corretor de seguros.

16 - Nunca minta para a seguradora para baixar o preço da apólice. Na hora de informar o perfil do motorista para o corretor, é fundamental que todas as informações sejam verdadeiras. Qualquer incorreção pode fazer o segurado perder o direito à indenização em caso de sinistro. As companhias de seguros têm maneiras de averiguar a veracidade dos fatos e podem se recusar a pagar pelos danos caso constatem alguma irregularidade. Ou seja, não adianta contar uma “mentira branca” para tentar reduzir o risco do seu perfil. Nada de dizer que não há pessoas com idade entre 18 e 25 anos morando com o condutor principal ou fazer o seguro no nome da esposa, sendo que o marido fica a maior parte do tempo com o carro. E, para os jovens de mais de 25 anos, nada de emprestar o carro para aquele amigo de 24 anos dar uma volta. A idade do motorista que causou o acidente é o fator mais sério quando se fala em perda de direito à indenização.

Fonte

Na hora da compra do carro  novo, além de verificar o preço do seguro do automóvel, outro fator fundamental é analisar o consumo do mesmo. Uma ferramenta muito interessante para fazer esta pesquisa é o site Consumo BR, lá você poderá analisar e comparar os diversos automóveis do mercado brasileiro.

quinta-feira, 19 de março de 2015

Preço do Minério de Ferro na China Atualizado e o Impacto na Vale

Ontem (18/03/15) o preço do minério de ferro no mercado à vista da China chegou ao seu menor valor já registrado. A queda do dia foi de 5.4%.


A depreciação da commodity ocorre em meio a temores de que maiores restrições ambientais na China possam atingir a produção de aço que afetaria diretamente a demanda do minério.

O minério com 52 por cento de teor de ferro caiu para 54,50 dólares por tonelada. A commodity já acumula perdas de mais de 23 por cento este ano após perdas de 47 por cento em 2014.

O contrato futuro do minério fechou com perdas de 18 iuanes a 437 iuanes (70 dólares) por tonelada, atingindo o limite diário de perdas estabelecido pela bolsa.


Nem a forte alta que o IBOV apresentou ontem foi suficiente para animar a cotação dos papéis da Vale que fecharam o dia com mais de 2% de queda. Se não fosse a explosão do mercado após o comunicado do FED a Vale teria fechado em níveis bem piores.

O gráfico abaixo mostra o deslocamento entre Vale e IBOV.


Se formos indexar a cotação da VALE5 ao Dólar veremos que já furamos o fundo da crise de 2008. O papel está realmente em níveis sobre-comprados, mas como todos sabemos: "o buraco está sempre mais embaixo".


O papel só não está em pior situação porque grande parte da receita da companhia está atrelada ao Dólar e os custos de produção da Vale ainda são competitivos face ao preço atual no mercado externo. O custo atual para a Vale entregar a tonelada do minério na China é de 46 dólares o que dá uma margem de 8 dólares de lucro nos preços atuais. Porém a companhia acredita ser possível diminuir este custo já este ano em função da desvalorização do real e do petróleo.


Abaixo o infográfico de receita da Vale por destino...

quarta-feira, 11 de março de 2015

Fechamento de Capital Direcional

O mercado de capitais no Brasil está tão conturbado que estamos presenciando nos últimos meses várias ofertas de recompras de ações e fechamento de capital. No ano passado a bolsa teve apenas um IPO que foi o da fabricante de produtos veterinários Ouro Fino. No momento, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) analisa o pedido de OPA de cinco companhias: Souza Cruz, BHG, Banco Indústria e Comercial e SEB Participações e surgem rumores na mídia que a próxima será a Direcional Engenharia.


OPA

A oferta pública de aquisição de ações, conhecida no mercado como OPA, é a oferta na qual um determinado proponente manifesta o seu compromisso de adquirir uma quantidade específica de ações, a um preço e prazo determinados, respeitando determinadas condições. O intuito é oferecer a todos os acionistas, em igualdade de direitos, a possibilidade de alienar as suas ações em situações que normalmente envolvem mudanças na estrutura societária da companhia. O termo em inglês muito utilizado para tratar da OPA, quando a mesma busca a aquisição de controle de outra empresa, é take over.

Para realizar o fechamento de capital da empresa, o acionista controlador ou a própria companhia deve realizar a OPA, por meio da qual serão comprados os papéis dos acionistas minoritários, garantindo ao ofertante uma maior participação na empresa. De acordo com normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o preço justo, valor pelo qual as ações serão compradas pelo ofertante, deve ser definido por meio de um laudo de avaliação da companhia, que é feito por uma empresa com experiência comprovada na área.

O laudo que define o preço justo é feito com base em três critérios: o preço médio de cotação das ações nos últimos 12 meses; o valor econômico da companhia, calculado de acordo com indicadores como seu fluxo de caixa; e o valor do patrimônio líquido por ação da companhia. Como o preço justo é formado por essas três variáveis, ele pode ser maior ou menor do que a cotação atual da ação na Bolsa. Como o ofertante depende da aceitação dos acionistas para concluir a OPA, ele pode oferecer um valor acima do que foi definido no laudo e acima do valor de mercado da ação para garantir uma maior adesão dos investidores.

As empresas com capital aberto no Novo Mercado, no Nível 2 e no Bovespa Mais, devem, obrigatoriamente, fixar um valor de oferta superior ao valor econômico apurado no laudo de avaliação. Nos segmentos restantes, Nível 1 e Tradicional, a oferta mínima pelo valor econômico varia conforme o estatuto social da empresa. Cada segmento de listagem possui regras de governança corporativa próprias e toda empresa listada se enquadra em um deles, devendo se adequar às normas pertinentes a cada caso.

Procedimentos

O primeiro passo para a realização da OPA é a publicação do fato relevante sobre a realização da oferta. Em seguida, o pedido de fechamento do capital deve ser protocolado em um prazo de até 30 dias na CVM, que decidirá se a autorização será concedida ou não dentro de um novo prazo de 60 dias. Nesses dois meses, a CVM pode exigir algumas mudanças na OPA para que ela seja aprovada.

Depois de obter o registro na CVM, a OPA deve ser divulgada por meio de um edital em jornais de grande circulação em um prazo de 10 dias. Uma vez publicado o edital, a OPA pode ser realizada dentro de um prazo mínimo de 30 dias e máximo de 45 dias em um leilão na Bolsa. E no edital já deve estar definida a data em que o leilão será realizado.

Cabe ao investidor credenciar, até a véspera do leilão, uma corretora para representá-lo, seja para concordar com o fechamento do capital ou discordar. Caso mais de 10% dos acionistas não concordem com o valor proposto na OPA, em até 15 dias depois da publicação do edital eles devem se organizar para convocar uma assembleia, na qual eles deverão defender a falha na metodologia do laudo de avaliação para que o leilão seja adiado e uma nova avaliação seja feita por outra empresa.

Caso uma nova avaliação ocorra e o valor final do novo laudo seja superior ao anteriormente proposto, passa a valer o preço mais alto. Mas, caso o novo valor seja inferior, permanece o preço da oferta anterior. Se for definido um novo valor superior ao inicial, cabe ao ofertante, em um prazo de cinco dias, informar se manterá ou se desistirá da OPA. A oferta também poderá ser suspensa se durante o leilão não houver a adesão de dois terços dos acionistas.

Leilão

O investidor deve ficar muito atento para não perder a data de cadastramento da corretora no leilão. Como a empresa terá autorização da CVM para tirar o papel de circulação após a OPA, se a pessoa perde o leilão ela sai muito prejudicada, porque a ação deixa de ser negociada em Bolsa e a empresa pagará o que quiser por ela.

Os acionistas que não participaram do leilão de compra têm até três meses para procurar a empresa e receber o dinheiro, tomando como referência o preço das ações no dia do leilão. Passado esse período, a empresa não é mais obrigada a recomprar suas ações, que deixam de ser negociadas em Bolsa e passam a ser compradas e vendidas em mercado de balcão não organizado.

O investidor pode optar por manter as ações, mesmo depois de fechado o capital da empresa, se acreditar no seu potencial. Porém o investidor fica sem liquidez, ou seja, ele não pode vender a ação a qualquer hora já que a empresa de capital fechado não tem mercado. Ele vai precisar procurar um interessado na ação se quiser vendê-la.

O acionista que perder o prazo de recompra pode entrar em contato com a tesouraria da empresa para verificar se ela tem interesse em adquirir os papéis. Em caso afirmativo, o preço será acordado entre as partes, podendo ou não ser o mesmo valor do dia do leilão, sem obrigatoriedade alguma de correção.

Para evitar perdas decorrentes do fechamento de capital é importante que o investidor fique atento às movimentações da empresa e avalie os motivos da sua saída da Bolsa, quando houver essa previsão. Ao perceber que haverá, por exemplo, algum tipo de disputa pelas ações, pode valer a pena manter a ação até o leilão. Mas caso o investidor considere que o laudo de avaliação da empresa poderá definir um valor abaixo de seu preço de mercado, vendê-la antes da OPA pode ser o melhor caminho.

Observar o nível de free float da empresa também pode ser uma boa estratégia para evitar prejuízos. O free float corresponde à parcela de ações da empresa que se encontra em circulação na Bolsa. Quanto menor o free float, menos interesse o controlador terá em relação aos minoritários, já que eles terão um poder de barganha menor em um eventual fechamento de capital da empresa.

Direcional 

Rumores indicam que o fundo saudita controlador da Red Sea Housing se uniu à família Gontijo para fechar o capital da construtora mineira Direcional Engenharia. O fundo irá financiar a oferta com US$ 225 milhões para a família, que é fundadora da companhia, prosseguir com a operação. A oferta pública de aquisição, conforme fontes, oferecerá R$ 9 por ação - correspondente a um prêmio de quase 60% sobre a cotação da segunda-feira (9) dos papéis, de R$ 5,67, e pode ser anunciada ainda neste mês. Se confirmada a operação, o fundo e a família dividirão o controle da Direcional com uma fatia de 50% cada.

Procurada, a Direcional negou as negociações. Em comunicado, afirmou que consultou sua acionista controladora Filadelphia Participações, bem como seus respectivos administradores e acionistas controladores diretos e indiretos, que asseguraram não haver nenhuma negociação em curso visando ao fechamento do capital.

De acordo com pessoas próximas à empresa, as conversas entre o Red Sea e a família Gontijo se arrastam desde o ano passado e avançaram, em meio à desvalorização do real, que tornou os ativos brasileiros mais atrativos para investidores estrangeiros. A operação anterior, negociada em dezembro, era um aumento de capital, no qual o fundo da Arábia Saudita ficaria com 25% da Direcional, pagando R$ 14,72 por ação.

Com a subida do dólar e a queda das ações, porém, o custo da transação para os sauditas diminuiu e acelerou as conversas com a família mineira. O preço atual de mercado equivale a um terço do que a Red Sea estava disposta a pagar em dezembro. Com isso, mesmo que eles paguem um prêmio gordo na OPA, vai sair muito mais barato do que antes.

Conduta d'Uó!

Tenho algumas ações da Direcional em carteira e vou torcer para que este boato se torne fato. O mercado já ficou em rebuliço como pode ser visto no volume do papel no dia de hoje apresentado em destaque no gráfico abaixo. Esta empresa já estava na lista das vendas deste ano e será uma boa oportunidade de saída.


A cotação da BR Properties disparou com o anúncio da OPA como pode ser visto no gráfico abaixo. Não pensei duas vezes e vendi logo por 11,55 pois esta empresa já estava na minha lista de vendas para este ano. Apesar de ter vendido abaixo do preço anunciado para a OPA (12,00) considero que foi uma boa venda. Com o dinheiro fiz um aporte na CETIP.


Fonte 1
Fonte 2
Fonte 3