sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Este Ano Vai Ter Rally de Natal na Bolsa?!

Todo ano é a mesma coisa. Chega o mês de dezembro e todos os investidores começam a falar sobre o “rally de fim de ano”. Dizem que muitos investidores entram ou retornam para a bolsa de valores em dezembro proporcionando o famoso “rally de Natal” (chamado pelos americanos de Santa Claus Rally). É um fenômeno algumas vezes observado nas bolsas de valores ao redor do mundo, que se manifesta através de uma alta pronunciada dos ativos financeiros alguns dias antes do Natal, e tal movimento se estende até meados de Janeiro.



O termo rally é usado nos mercados financeiros para se referir a vigorosos movimentos de alta em ativos financeiros, especialmente após uma queda pronunciada ou um longo período de consolidação.

Mas será que este tal rally de Natal é fato ou fake aqui no Brasil? Pensando nisto, resolvi buscar os dados dos últimos dezembros na bolsa brasileira:


Como podemos observar na tabela acima (os valores estão arredondados para facilitar a visualização), Nos últimos anos, tivemos rally de Natal apenas em 2017 e 2012. Nos demais anos, a bolsa caiu ou ficou no zero a zero considerando os dias de dezembro até o Natal.

Se formos considerar todos os dias de dezembro, então a coisa melhora um pouco, temos então alta da bolsa em 2017, 2012, 2010 e 2009. Mas mesmo assim não é aquele "rallyzão" que todo mundo espera. Podemos então concluir que rally de fim de ano aqui no Brasil é fake, rs.

Bom amiguinhos, este é o último post do ano aqui no blog. Ainda irei fazer mais um post lá no Abacus Liquid, mas por aqui estou encerrando as atividades. Espero que os colegas blogueiros e demais leitores tenham tido um bom 2018. Foi um ano que entrou para a história.

Desejo um feliz natal, boas festas e um 2019 repleto de realizações e com muita saúde. Pois o que importa mesmo é saúde, o resto a gente corre atrás, como diz um youtuber por aí, rs.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Eike Batista Hoje

Acabei de ler hoje o estupendo livro "Eike Batista - Tudo ou Nada" da jornalista Malu Gaspar. Esta não é uma biografia qualquer, trata-se de um verdadeiro relato do que se passa nos bastidores do mundo corporativo e da indústria de IPOs do mercado financeiro brasileiro.

A história principal, como todos já sabem, é a ascensão e queda do empresário Eike Batista, mas lendo este livro você irá conhecer um pouco mais sobre as ligações nada transparentes entre o mundo empresarial e o mundo político. Verá também como um seleto grupo de empresários e banqueiros ganharam milhões de dólares com as empresas X na bolsa de valores.

Não é um livro que você lerá em uma sentada, é uma obra extensa e detalhada em muitos aspectos, mas se você se propor a ler um capítulo por dia irá beber as quase 600 páginas em menos de duas semanas. É uma leitura longa mais muito saborosa. Recomendo fortemente para quem vive o mercado financeiro no dia-a-dia como eu.


Livros na fila para serem lidos após "Tudo ou Nada"

O império X desmoronou, Eike Batista disse que foi duro voltar para a "classe média". Atribuiu seus infortúnios ao grupo de executivos que o cercaram. Acredita piamente que as projeções do Dr. Oil foram um golpe mortal nos seus planos de se tornar o homem mais rico do mundo. Depois de ter alardeado para Deus e o povo que os campos tubarões estavam repletos de petróleo, veio a notícia derradeira: "Não tem óleo Eike!".

Com a queda da OGX caiu também a OSX. A OGX virou Dommo Energia. A LLX virou Prumo Logística. A MPX, talvez a menos problemática de todas, virou Eneva. Esta última, inclusive, coloquei recentemente no meu portfólio de ações (paguei 11,90 por ação). A MMX foi comprada pela Anglo American, que reclama na justiça ter sido enganada pelo Mr. X. Já a CCX é um mistério.

Ao ler o livro da Malu, consegui ter uma ideia muito clara de como surgiu cada uma destas empresas no Power Point do Eike. Tenho que admitir que o Sr Batista é muito bom em idealizar negócios e vender para investidores. Rodou o mundo, bateu na porta de centenas de fundos internacionais. Alguns compraram as ideias, outros não.

O livro relata ainda situações pitorescas da vida do mega empresário, como esta:

O livro revela que Eike chegou a batizar um projeto da mineradora MMX como Sagitarius, em “homenagem a uma boate de striptease de Belo Horizonte’’. E mais: há quatro anos, a queda por mulheres jovens e bonitas teria deixado o empresário numa posição delicada, quando a advogada Flávia Sampaio, com quem é casado, teria descoberto seu fetiche por prostitutas e o chantageado. Desconfiada das ausências do então namorado, Flávia foi ao escritório do empresário e acessou — com a ajuda de uma amiga funcionária de informática da empresa — o computador da secretária de Eike, onde teria encontrado “catálogos virtuais, com fotos de garotas de programas de diversos locais do Brasil”. Segundo o livro, Flávia encontrou mensagens das meninas e dos agenciadores perguntando se o “cliente” gostara do atendimento. Em troca do silêncio, Flávia teria sido instalada num apartamento na orla de Ipanema. Em outubro de 2010, ganhou também uma clínica de beleza para administrar, que consumiu R$ 15 milhões e fechou em 2012, sem dar lucro. Advogado de Eike, Sérgio Bermudes nega que o cliente tenha sido chantageado: — Ele está lendo o livro e ficou chocado com a grande quantidade de inverdades. Ele não foi chantageado pela mulher dele, mãe do filho. Nunca houve isso. Fonte 

Se é verdade eu não sei, mas onde há fumaça há fogo. Esta boate New Sagitarius aqui em BH é conhecida como destino certo dos altos executivos que por aqui passam. Outro episódio curioso que o livro relata foi a "consultoria" que Eike Batista contratou de uma esotérica. No auge da crise do grupo, o empresário tentou de tudo, e uma das dicas da consultora foi mandar mudar a rotação do sol que estampa o logotipo da holding.

O diagnóstico foi claro: o sol que reluz nas marcas de todas as empresas do grupo estava girando para a esquerda. Obviamente, segundo a consultora, isso teria que ser alterado. E foi. Na sexta-feira, um comunicado interno explicou: – A logomarca das empresas do grupo EBX passou por um ajuste. E rogou aos funcionários que ninguém perca tempo: – Na intranet você já encontra as novas logos e o arquivo para trocar a assinatura de e-mail. A colaboração de todos é essencial neste processo. Para os olhos de um leigo, contudo, a mudança é praticamente imperceptível. Então, ficamos combinados assim: os raios solares emitindo luz ao contrário têm o condão de fazer estragos bilionários nos resultados de um grupo empresarial.". Fonte


Como podemos perceber, não adiantou mudar a rotação do sol. Foi tanta "energia negativa" que o empresário chegou a ser preso tempos depois por suspeitas de ligações com o Cabral. Diz ele que eram apenas bons amigos, emprestava o jatinho Gulfstream apenas por camaradagem. Eike Hoje aguarda em liberdade o próximo julgamento. Disse recentemente ao repórter Cabrini que a principal vítima da queda do grupo X foi ele mesmo. Chegou até a chorar ao dar a entrevista. Mas ainda continua faturando alguns milhares de dólares mensalmente, graças a consultorias que vem dando a empresários em busca de suce$$o.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Zero Coca-Cola

Depois que o indivíduo passa dos 40 anos e começa a ter uns "piripaques" é que ele finalmente acorda para a alimentação saudável. Nunca fui um bebedor de refrigerantes mas vez ou outra me via bebendo uma Coca-Cola, geralmente em festas de crianças que não servem cerveja ou tomando uma cuba livre em uma noitada. Mas resolvi cortar definitivamente a Coca-Cola há algum tempo. Outro dia até fui tomar uma cuba livre mas me deu dor de barriga e larguei o drink no meio. Interessante como o corpo se adapta rápido a uma mudança de estilo de vida.

Certa vez li uma matéria sobre os hábitos alimentares de Warren Buffett. Para ele, o segredo é alimentar-se “como um menino de 6 anos”. Mas nesta alimentação estão incluídos muita batata chips, sorvetes e cinco latas de Coca-Cola por dia. "Pesquisei e descobri que a faixa etária de menor mortalidade é a de crianças de 6 anos. Por isso, como e bebo o que elas comem”, disse o megainvestidor que já está quase nos 90 anos de idade.

Quando ele está em sua mesa na sede do fundo Berkshire Hathaway, em Omaha, ele bebe Coca-Cola normal. Em casa, ele prefere a Cherry Coke. Buffett explicou: “Se eu comer 2,7 mil calorias por dia, um quarto é de Coca-Cola. Eu bebo pelo menos cinco latas por dia. Faço isso todos os dias, três durante o dia e duas a noite.” Buffett precisa ser estudado pela ciência, tanto sua mente de investidor quanto seu corpo que recebe uma carga tão grande de Coca-Cola e se mantém de pé.


O fato de Buffet ter bilhões em ações da Coca-Cola seria apenas coincidência?

sábado, 10 de novembro de 2018

Marketing 3.0 e a Transição do Vinil para o Download

Seguindo a ideia do Pai Rico lá no Twitter, estou compartilhando aqui os livros que estou lendo no momento e deixando como sugestão de leitura. E você, quais livros estão na sua cabeceira atualmente? Compartilhe com os leitores...

Marketing 3.0



O termo "Marketing 3.0" é um conceito elaborado por Philip Kotler no seu livro “Marketing 3.0 - As Forças que Estão Definindo o Novo Marketing Centrado no Ser Humano”. Segundo o autor, Marketing 3.0 é o estado mais avançado do marketing, que modifica a relação entre mercado e consumidor. Se antes o marketing considerava os consumidores como uma massa passiva ou um alvo a ser atingido, nesta fase eles são vistos simplesmente como seres humanos, com toda sua complexidade e suas preocupações sociais. Kotler desenvolveu outros dois conceitos: Marketing 1.0 e Marketing 2.0. Então, para entender melhor o conceito, vamos antes entender o termos anteriores:

Marketing 1.0: Foco no Produto

O Marketing 1.0 surgiu num ambiente de escassez de produtos e ausência de concorrência, no início do século 20. Nesse contexto, o marketing não precisava estudar o público-alvo ou criar diferenciação para a marca. Naquela época, a função do marketing era simplesmente apresentar produtos e massificar sua venda para a população. A comunicação era padronizada para todos os consumidores, considerados uma massa homogênea e passiva.

Marketing 2.0: Foco no Consumidor

A sociedade evoluiu e o consumidor passou a ter gostos, necessidades e escolhas e amadureceu em relação ao marketing. Enquanto isso, diferentes marcas começaram a surgir e geraram concorrência no mercado. E assim surgiu o Marketing 2.0. Nessa fase, as empresas perceberam a necessidade de olhar além do seu produto - era preciso conhecer os consumidores para atender suas necessidades e desejos. Surgiu então a estratégia de segmentação de mercado. A partir dessa segmentação, a empresa pode definir o público-alvo das suas estratégias de produto, praça, preço e promoção (os 4Ps do marketing), que iriam diferenciá-la dos seus concorrentes.

Marketing 3.0: Foco em Valores

Se antes as empresas estavam no topo da hierarquia do mercado, a web colocou o consumidor no poder. Hoje, ele pode consultar o Google a qualquer momento, interagir nas redes sociais, consultar opiniões de outros consumidores e alcançar milhares de pessoas na web. Com todo esse acesso à informação e possibilidade de expressão, o consumidor deixou de ser apenas um alvo que será atingido pelas marcas. Ele amadureceu, entendeu o seu poder no mercado e quer ser ouvido.

André Midani: Do Vinil ao Download


Sempre estou lendo dois livros em paralelo, um técnico e outro "não técnico" como um romance, uma ficção ou uma biografia. No momento, estou lendo o livro do Midani. Para quem gosta de música, é uma leitura saborosa...


Um dos nomes mais importantes da indústria fonográfica do país, participante ativo do nascimento da bossa-nova, da tropicália e do rock nacional, André Midani reúne em sua autobiografia vários momentos que presenciou e protagonizou. A Nova Fronteira relança este mês “André Midani – do Vinil ao Download”, onde o executivo de empresas como Odeon, Phonogram e WEA conta como a sua vida e episódios da história mundial (foi testemunha do Dia D) e do Brasil (ditadura militar) se misturaram.

Bom fim de semana e boas leituras!

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Edifícios Mais Luxuosos do Rio

Aluga-se Apartamento no Prédio Mais Caro do Brasil...

Semana passada tirei uns dias de folga e fui passear com a família no Rio de Janeiro. Fiquei hospedado em um hotel em Copacabana a dois quarteirões da praia, o objetivo era deixar o Uozinho brincar à vontade na praia já que ele só tinha ido uma vez e nem se lembrava mais. Enquanto ele estava lá brincando na areia, fiquei observando aqueles prédios da Av. Atlântica tentando imaginar o valor de um apartamento ali. Retornando a BH, por curiosidade, andei pesquisando sobre estes edifícios da orla de Copacabana, Ipanema e Leblon. Descobri então que o prédio mais luxuoso do Rio e também do Brasil está localizado na Av. Vieira Souto. Se chama Edifício Cap Ferrat. Entre moradores e ex-moradores deste edifício estão André Esteves (BTG Pactual), Júlio Bozano (Bozano Simonsen) e Arthur Sendas (Sendas). Em 2014, um apartamento neste prédio estava sendo negociado por R$ 70 milhões. Pesquisando na net, encontrei um apartamento disponível para aluguel neste edifício, o valor mensal é de módicos 140 mil reais (link aqui). Algumas fotos:






Confira a seguir os edifícios mais caros do Rio:

Edifício Juan Les Pins 

 


Edifício Juan Les Pins - Av. Delfim Moreira nr 458, Leblon.

É considerado o prédio mais chique, mais elegante e mais caro de todo o Leblon. Construído pela Sérgio Dourado Empreendimentos Imobiliários por volta de 1974 (o prédio portanto tem 36 anos de idade) ainda hoje, apesar do decurso do tempo, continua sendo um ícone do luxo no Rio, só perdendo prestígio e status para seu "arqui-rival" o CAP FERRAT.

Situado na Av. Delfim Moreira nr 458, esquina com Cupertino Durão, o JUAN LES PINS é um residencial com apartamentos enormes (um por andar) e com uma piscina privativa em cada um deles. Conta com três elevadores, sendo um social, outro para banhistas e um terceiro apenas para os empregados

A história de sua construção é envolta em polêmica. Toda a orla de Ipanema e Leblon tinha um gabarito extremamente restritivo, somente sendo permitida a construção de prédios baixinhos. Contudo, um prefeito carioca de nome Marcos Tamoio flexibilizou a legislação a fim de permitir a construção de grandes hotéis. E logo depois dos hotéis, o controvertido prefeito também flexibilizou o gabarito para construção de prédios residenciais. Diziam na época que o apartamento de cobertura do JUAN LES PINS em que o Marcos Tamoio passou a residir teria sido um "presente" da Sérgio Dourado pela liberação do gabarito na orla de Ipanema / Leblon.

Sérgio Dourado, para quem não é do Rio, foi imortalizado por Tom Jobim numa famosa canção, que parodiava a letra da música "Carta do Tom" (ao Vinícius). Leiam a letra da paródia.

Carta Do Tom
Composição: Antonio Carlos Jobim / Chico Buarque

Rua Nascimento Silva, 107
Eu saio correndo do pivete
Tentando alcançar o elevador

Minha janela não passa de um quadrado
A gente só vê Sergio Dourado
Onde antes se via o Redentor

É, meu amigo
Só resta uma certeza
É preciso acabar com a natureza
É melhor lotear o nosso amor "


Edifício JK

 


Edifício JK - Avenida Vieira Souto, 206 – Ipanema 

O texto abaixo foi retirado da Revista Piauí, edição de novembro/2007. Os autores são a dublê de escritora e socialite DANUZA LEÃO (doravante simplesmente DL), e o arquiteto paulista FERNANDO SERAPIÃO (doravante simplesmente FS).

"A legislação carioca da época em que o Edifício JK foi construído só permitia edifícios em Ipanema com pilotis e mais quatro andares. No JK, no número 206, o maior apartamento ocupa os dois últimos pisos mais a cobertura. Há diversos edifícios do mesmo tamanho e perfil na Vieira Souto (outro interessante é o número 350, que foi desenhado por Álvaro Vital Brazil), mas o JK é o único edifício residencial da orla que foi desenhado por Oscar Niemeyer. Se estivesse em Nova York, seria o equivalente a uma town house no Upper East Side, de frente para o Central Park e desenhada por Philip Johnson, um dos papas da arquitetura moderna.

Se a legislação foi sábia ao demarcar um gabarito baixo - o que poupou Ipanema de ter, para o bem ou para o mal, o destino de Copacabana -, ela também restringiu a criatividade dos arquitetos. No JK, baixou o santo de Mies van der Rohe para conter a voluptuosidade do projetista que acabara de desenhar Brasília. O que se vê no pequeno prédio é só a essência: um prisma de vidro, de 20 metros de largura x 14 de altura, suspenso por pilotis com três apoios centrais. E só. A assinatura de Niemeyer - suas famosas curvas - está um tanto quanto escondida. Uma abertura sinuosa e uma escada escultórica interligam, visual e fisicamente, os dois últimos andares do prédio. Se os reflexos ajudarem, o curioso do calçadão consegue enxergar o gesto de Niemeyer.

O prédio foi construído por Sebastião Paes de Almeida, presidente do Banco do Brasil e ministro da Fazenda (interino) de JK. Paes de Almeida emprestou um apartamento para o ex-presidente morar, o que causou a JK um processo por corrupção, do qual foi inocentado. Por isso, Juscelino não guardava boas lembranças do edifício." FS

"Em junho de 1964, Juscelino pretendia pedir asilo numa embaixada antes de partir para o exílio. Começaram entendimentos para que se refugiasse na residência do embaixador da Espanha. Seria muito prático, já que ambos moravam no mesmo edifício da Vieira Souto. A Espanha não tinha com o Brasil acordo que permitisse asilo político, mas o embaixador Jaime Alba Delibes, depois de consultar seu governo, recebeu JK. Dias depois Juscelino embarcou para Madri, iniciando um exílio - interrompido por dois breves retornos - que duraria até 9 de maio de 1967.

Nos últimos anos, os mais famosos moradores do prédio foram Caetano Veloso e Paula Lavigne, que entregaram a reforma do imóvel a Claudio Bernardes. Com a separação, em 2004, o baiano instalou-se a 100 metros da mulher e dos filhos, num flat com um décimo do tamanho - suíte, quarto, cozinha e banheiro - no Apart-hotel Residence Service, onde mora também seu ex-sogro, o advogado Arthur Lavigne."

Edifício Franklin Sampaio 



Edifício Franklin Sampaio - Av. Prefeito Mendes de Morais nr 808, São Conrado

Construído no início da década de 70, ele é um dos prédios mais velhos do bairro de São Conrado. Apesar de ter aproximadamente 40 anos de idade, o Edifício Franklin Sampaio não perdeu a pose e continua pontificando como um dos mais luxuosos residenciais do Rio de Janeiro. Localizado dentro de um dos melhores e mais lindos campos de golfe do Brasil, o Gávea Golf Club, o prédio destaca-se na paisagem da orla do bairro.

Edifício Apolo 11



Edifício Apolo 11 -  Av. Delfim Moreira nr 12

Ele foi listado pelo Paulo César Ximenes, dono de uma das mais conceituadas empresas de corretagem de imóveis de luxo do Rio, como sendo o terceiro edifício mais caro para se morar em toda a Cidade Maravilhosa.

Com apenas 5 andares, e destinado à residência de somente 3 únicas famílias (o apartamento do terceiro andar abrange também os dois últimos andares), o APOLO 11, pela sua excepcional localização (Delfim Moreira quase esquina com Borges de Medeiros), número reduzidíssimo de moradores, e tamanho generoso das plantas dos apartamentos (cada apartamento padrão tem 537 metros quadrados), é inequivocamente um residencial TOP do Rio.

Edifício Chopin



Edifício Chopin - Av. Atlântica, nr 1782, Copacabana.

Ele não possui os maiores, nem os mais caros apartamentos de Copacabana. No entanto, não há no bairro prédio residencial mais famoso e mais festeiro. Claro que estou me referindo ao Chopin, endereço dos mais glamurosos, exclusivos e badalados do Rio de Janeiro, situado na Av. Atlântica nr 1782, exatamente ao lado do Hotel Copacabana Palace.

Falar do Chopin é falar das mais concorridas e disputadas festas de reveillon do Rio de Janeiro. O condomínio, que não possui salão de festas, chega registrar a cada dia 31 de dezembro, acreditem, mais de 3.000 (três mil) não-moradores entre convidados, garçons e seguranças nas várias celebrações de virada de ano. É lá que a aristocracia carioca, os globais ou os pretendentes à globais, os famosos e poderosos, as new-celebrities (BBB´s), os ricos e os novos ricos, as socialites de carteirinha, os bicheiros, os políticos e suas (ou seus) amantes se encontram no dia 31 de dezembro, para celebrar o Ano Novo.

As grandes vantagens de se morar no Chopin são, além da visão para o marzão de Copacabana, vista eterna para a piscina mais famosa do Brasil: a do Hotel Copacabana Palace. Aliás, sobre o tradicional hotel carioca, graças a um acordo de cavalheiros, todos os moradores do Chopin têm direito a usufruir dos serviços e dependências do hotel como clube e playground, desde que paguem uma taxa anual. Assim, além de poderem usar a piscina e a fantástica quadra de tênis que fica em cima do teatro, os “sócios” ainda penduram as contas para o fim do mês nos suntuosos restaurantes Cipriani e Pérgula, no badalado Bar do Copa, no tranquilo Piano Bar, no sofisticado Copacabana Palace Spa e no exclusivo salão de cabelereiro Care Palace.

Edifício Zanubio



Edifício Zanúbio - Av. Rui Barbosa, nr 394, Flamengo.

A Rui Barbosa já foi o endereço preferido de nove entre dez famílias cujos sobrenomes soavam como grife. Nos anos 50 e 60, quando o Rio fervia em nababescos eventos sociais, a avenida cintilava. E a expressão maior do luxo e da ostentação na Rui Barbosa era (e ainda é) o Edifício Zamúdio.

Construído por Dr. Antônio Sanchez de Larragoite, dono do império de seguros Sul América S/A, conta com um apartamento por andar e possui os maiores apartamentos padrão de toda a avenida, apartamentos estes que possuem 7 (sete) quartos. Dr. Larragoite ao construir o prédio reservou para si os 3 últimos andares. Como de praxe, o apartamento contava com elevador privativo para levá-lo direto da portaria ao primeiro piso de seu imóvel, além evidentemente de uma piscina privativa, situada no último andar. O nome do prédio homenageia a aldeia onde Dr. Larragoite nasceu.

O Zamúdio abrigou durante décadas o crème de la crème da sociedade carioca, além de membros do jet set internacional. Entre seus moradores mais ilustres, além do próprio Dr. Antônio Sanchez de Larragoite estavam o Príncipe Dom João Maria de Orléans e Bragança, a Princesa egípcia Fátima Scherifa Chirine (casada em primeiras núpcias com o Príncipe de Alexandria Hassan Omar Toussoun e, após o divórcio, mulher do último rei do Egito Farouk I), além de Dona Niomar Moniz Sodré Bittencourt, dona do jornal CORREIO DA MANHÃ e fundadora do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.

Edifício Ana Carolina



Edifício Ana Carolina - Avenida Delfim Moreira, nr 816, Leblon.

Ele é TOP entre os TOPS. Foi relacionado pelo corretor de imóveis especializado em mercado imobiliário de luxo Paulo César Ximenes entre os 10 mais caros prédios para se morar em toda a cidade do Rio de Janeiro.

Debruçado sobre o mar do Leblon, com generosas varandas com piscina em cada uma delas, o edifício Ana Carolina possui os maiores apartamentos de todo o bairro do Leblon (apartamentos maiores inclusive do que o super badalado edifício Juan Les Pins), todos com área privativa de 685 (SEISCENTOS E OITENTA E CINCO) metros quadrados e 5 (cinco) vagas de garagem.

Construído na década de 80 pelo banqueiro Jorge Paulo Lehman, então dono do Banco Garantia, e pelo dono da Construtora Mauá, o prédio não teve um único apartamento ofertado ao mercado, sendo cada uma das unidades cedidas a membros das famílias que o construíram.

Edifício Tancredo Neves

 


Edifício Tancredo Neves - Av. Atlântica, nr 2016, Copacabana

Este prédio em particular me chamou atenção em Copacabana. Por eu ser mineiro, o passado deste prédio me mostrou histórias curiosas. Veja a seguir a transcrição de duas reportagens sobre este edifício publicadas no jornal Estado de Minas:

República de políticos mineiros reinou em Copacabana durante décadas
No entra e sai dos apartamentos da orla articulou nos bastidores pactos que afetaram a história do país

Era o início dos anos 1960. A capital do país acabava de ser transferida do Rio de Janeiro para Brasília. Mas para um grupo de importantes políticos mineiros o centro do poder permanecia na capital da Guanabara, mais especificamente em Copacabana, em particular a tradicional e luxuosa Avenida Atlântica. Seria assim ainda por muitas décadas. Foi lá, na Princesinha do Mar, que uma confraria de mineiros articulou, selou pactos, integrantes se desentenderam e, alcançando ou não acordos, chegaram a resultados que afetaram profundamente a política em Minas e no Brasil. Foi mesmo ao estilo da conversa ao pé do ouvido, no entra e sai dos apartamentos na glamourosa avenida, em encontros regados a café, pão de queijo, biscoito de polvilho, que se travaram os embates de ideias e de estratégias para a conquista ou reconquista dos palácios.

“Hoje, os milicos estão comigo na cabeça”, saudou Juscelino Kubitschek, referindo-se ao fato de que, naquele dia, 21 de abril de 1968, era comemorado o oitavo aniversário de Brasília. JK, que morava no Rio, chegara para o almoço na casa do amigo Joaquim Mendes de Sousa, ex-deputado federal do PTB por Minas Gerais. O endereço aonde acabara de chegar era velho conhecido do ex-presidente da República, fundador de Brasília e senador cassado: Avenida Atlântica, 2.016, 10º andar. Ali, no 4º andar, também vivia o ex-udenista Magalhães Pinto, que fora governador de Minas e, em 31 de março de 1964, ajudara a patrocinar o golpe militar. Ainda no mesmo prédio, no 8º andar, estava Tancredo Neves, derrotado por Magalhães nas eleições de 1960 ao governo de Minas, e que, logo após a renúncia de Jânio Quadros em agosto de 1961, tornara-se primeiro-ministro na rápida e forçada experiência parlamentarista brasileira.

JK também viveu lá no renomado bairro carioca. A princípio, na Rua Sá Ferreira, 38, 7º andar, mudando-se depois para a Atlântica, 2.038, 9º andar. Assim como ele, o colega de PSD, José Francisco Bias Fortes, ex-morador da Sá Ferreira, instalou-se na Atlântica, só que bem adiante, no número 4.112. Ainda na orla de Copacabana, na direção oposta, número 1.440, a poucos quarteirões de Tancredo e de Magalhães, vivia José Aparecido de Oliveira, udenista que não apoiou o golpe e perdeu, em 10 de abril de 1964, o mandato de deputado federal, também por força e obra do Ato Institucional número 1 (AI-1). Havia outros mineiros por ali: o senador e ex-ministro Eliseu Resende e os ex-governadores de Minas Rondon Pacheco e Benedito Valadares.

“Passei grande parte de minha vida no Rio de Janeiro, e as minhas férias em Barbacena”, revela Maria da Conceição Bias Fortes Pereira da Silva, que, em sua juventude, foi secretária do pai, o ex-governador José Francisco Bias Fortes. “Recebíamos lá em casa JK, Benedito Valadares, muitos, muitos políticos”, lembra, em seus 82 anos, com precisão de datas. “Em geral, os políticos mineiros dormiam cedo. Era o caso do meu pai. Não de JK. Nós o chamávamos de pé de valsa, porque, além de gostar muito de dançar, ele sempre dizia: ‘Dormir, só quatro horas chega’. O resto era vivendo”, conta Maria da Conceição. “A noite em casa era sempre uma prosa armada até as 22h30, com muito café, pão de queijo e biscoito de polvilho”, recorda.

Os anos que se seguiram ao golpe militar de 1964 foram difíceis para mineiros como JK e José Aparecido de Oliveira, ambos com os direitos políticos cassados. Enquanto JK tentava articular em silêncio, sob a vigilância da ditadura, junto inclusive a ex-adversários da UDN, uma frente ampla que pregava a reabertura democrática, a casa de José Aparecido se tornara point de intelectuais, artistas e jornalistas. “Era um entra e sai interminável”, lembra a mulher dele, Maria Leonor. Casos do período, não são poucos.

A data é fevereiro de 1969. O Ato Institucional número 5 (AI-5) havia sido decretado em 13 de dezembro de 1968 e o país vivia sob a mão pesada do aparato repressor do regime militar. O Antonio’s, no Leblon, era o clube de intelectuais e boêmios. O “encontro marcado” era, em geral, com uísque e críticas veladas à ditadura militar.

Numa dessas incursões, o inflamado jornalista e escritor Otto Lara Resende subiu em uma cadeira, discursou contra os militares. Um dos quatro inseparáveis mineiros à mesa, para fazer troça, saiu-se com esta: “Cuidado, Otto. Aqui ao lado tem um general que te observa”, lembra Maria Leonor. Sem perder a pose, Lara Resende continuou o discurso subindo o tom: “E, para que ninguém tenha dúvidas quanto à minha posição, declaro que me chamo José Aparecido de Oliveira”. Na sequência, anunciou: “Que privilégio morar na Rua Guimarães Rosa!”, dando o endereço errado do amigo. José Aparecido, que estava longe dali, em sua casa na Atlântica, não pôde deixar de rir, quando lhe telefonaram do bar, contando a história.

Fonte

Passado está vivo na orla carioca onde influentes políticos mineiros tomaram decisões

O passado ainda vive nos corredores e portarias dos edifícios da orla carioca onde influentes políticos mineiros tomaram decisões importantes para o país. Não faltam histórias e lembranças aos vizinhos e funcionários mais antigos da nata mineira do poder. O Golden Gate, construído no fim da década de 1940, por exemplo, recebeu o carinhoso apelido de “edifício dos mineiros”, porque lá viveram simultaneamente o presidente Tancredo Neves e o ex-governador de Minas Magalhães Pinto. Havia ainda vizinhos importantes, como o ex-proprietário do Unibanco Walter Moreira Salles e a amante de Juscelino Kubitschek por 18 anos, Maria Lúcia Pedroso, uma jovem senhora loura, casada com o deputado José Pedroso, que só não parava o trânsito porque costumava sair sempre de carro.

Ao lado do prédio com entrada de mármore, tapete vermelho e fachada arredondada – que amplia a área interna dos apartamentos de cerca de 650 metros quadrados, transformando as varandas numa espécie de jardim de inverno – subiu o Silver Gate, quase 15 anos depois. Ali morou JK e sua Sarah, quando ele ainda era presidente. Construído pelo mesmo engenheiro, o edifício tem o mármore mais escuro e detalhes no guarda-corpo. O apartamento é um pouco maior, mas a estrutura dos imóveis é basicamente a mesma: grande salão à frente, cozinha e área de serviço no meio e os cinco quartos nos fundos, no canto mais silencioso. O condomínio custa R$ 3.250.

Pagam-se aproximadamente R$ 15 mil pelo IPTU e certamente é um dos metros quadrados mais caros da Cidade Maravilhosa. O Golden Gate, por causa do presidente, mudou de nome anos depois. O número 2.016 da Avenida Atlântica ganhou homenagem a Tancredo, que tinha em seu apartamento obras dos pintores Di Cavalcanti e Guignard, além de um grande abacaxi como luminária no hall de entrada. Numa obra de revitalização, a síndica retirou a placa de metal e a família Neves chiou. “Foi deselegante”, comenta uma moradora. Hoje há outra placa instalada próxima à entrada, mas sem tanta pompa como no passado.

Tancredo morava no 10º andar e Magalhães Pinto, no 4º, em imóveis que ainda pertencem aos parentes. A família Pedroso, que vendeu o apartamento, também costumava receber nomes importantes, como o presidente Artur da Costa e Silva. As reuniões, porém, aconteciam em outro apartamento, onde não havia tantos holofotes. A discrição mineira era importante naquele momento e o elevador, que leva o visitante direto ao luxuoso imóvel, servia como redoma. “As reuniões políticas iam até a madrugada.

Os homens se fechavam com uísque e charuto, e suas mulheres iam passear no Copacabana Palace. Um dia, só desligando o ar-condicionado para acabar com o encontro deles. Tudo saiu dali: alianças, decisões e traições”, conta sorridente a mulher de um político da época.

A quase dois quarteirões dali, em direção ao Leme, janelões de vidro fumê marrom guardam as memórias dos eventos do embaixador José Aparecido de Oliveira no apartamento de 480 metros quadrados, também de frente para o mar. Ministro da Cultura no governo de José Sarney e secretário do presidente Jânio Quadros, José Aparecido era anfitrião de jantares e festas no Palacete Atlântica, que nunca passavam da meia-noite. Quatro empregados, sempre os mesmos, cuidavam dos canapés e pratos finos. A bebida importada, segundo funcionários, vinha de uma delicatessen do bairro.

“Já fizeram festas para 50 pessoas, encontros reservados para grupos políticos ou jantares para artistas”, conta o porteiro Abinadabe Azevedo de Oliveira, de 33 anos. “Já vi por aqui as atrizes Lucélia Santos e Fernanda Montenegro, quando o embaixador era ministro, na década de 1990. O presidente de Portugal, Mário Soares, era muito amigo dele e veio muitas vezes passar o réveillon. Lembro quando o prefeito Cesar Maia veio jantar e o presidente Itamar Franco se apresentou para mim e pediu para interfonar”, diz o rapaz, apaixonado por política.

Em 2002, uma reunião fechada no apartamento de José Aparecido teria definido a aliança em apoio a Aécio Neves. O apartamento hoje está alugado. O valor, comenta-se pelos corredores, atinge a cifra de R$ 15 mil. A venda não sai por menos de R$ 4 milhões, apesar de o prédio estar precisando de reformas. Abinadabe tem uma grande admiração por José Aparecido e diz, orgulhoso, que fez trabalhos de confiança no apartamento que o embaixador comprou do ex-deputado Magalhães Pinto, quando o Banco Nacional ainda funcionava.

“Era tudo muito chique. Ele tinha uma biblioteca, o teto da sala era rebaixado como uma moldura e o quarto da filha, onde fiz reparos elétricos, tinha uma parede toda pintada pelo cartunista Ziraldo. Tinha a caricatura da família e imagens da fazenda deles no interior do Rio. Havia bancadas de mármore na cozinha e uma mesa grande de madeira maciça, acho que de carvalho”, conta o porteiro.

Segundo Abinadabe, que trabalha no edifício há 16 anos, José Aparecido era um homem “bom e educado”. “Em 1999, a esposa de outro porteiro estava grávida e a criança tinha um problema sério no coração. O embaixador conseguiu que o parto da moça fosse no Hospital do Coração, em São Paulo, onde a menininha foi operada assim que nasceu. Não era política. Ele ajudou de coração.”

Os funcionários mais antigos do edifício onde morou o ex-governador de Minas Gerais Hélio Garcia, na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, também falam do enorme coração do político mineiro. “A dona Joana, que trabalhou com a família durante anos, ganhou dele um apartamento no Leme. Ele sempre foi muito atencioso com todos e custeou os estudos da filha dela, que hoje é militar. Em dias de festa, ele mandava comida para a gente aqui na portaria, a mesma que os políticos comiam lá em cima nas reuniões. E era bem generoso com a caixinha do fim de ano”, conta um porteiro que pediu para não ser identificado. O apartamento hoje está fechado e raramente uma das três filhas aparece por lá.

Fonte

Sei que este post deve ter sido inútil para a maioria dos leitores deste blog, mas caso queira conhecer mais sobre este edifícios e seus ilustres moradores indico este forum de onde tirei os textos para montar este post.

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O Amadurecimento da Finansfera x A Falta de Maturidade da Finansfera

Fala colegas da Finansfera!

É com muita satisfação que venho hoje trazer uma boa notícia: a finansfera está amadurecendo! Já temos hoje cerca de 10% de blogs com domínio registrado. Pouco tempo atrás este número não passava de 5%. Todos sabem que sou um grande incentivador desta comunidade. Apesar de estar mais ausente agora, pelo menos uma vez por semana dou uma navegada no meu blogroll. Segue a lista atualizada dos blogs com domínio próprio, o último a migrar foi o colega Maromba Investidor.

abacusliquid.com
webinformado.com.br
investidorinternacional.com
pobrepoupador.com
viverdedividendos.org
viagemlenta.com
geracao65.com
valoresreais.com
viverdeconstrucao.com
resenhavirtual.com.br
termosreais.com
investidoringles.com
aposenteaos40.org
bpmilhao.com
blogdoburgues.com
cowboyinvestidor.com
generalinvestidor.com.br
50segundos.com
kbinvestimentos.com.br
finansferas.com
antipoda.com.br
dinheiroinvestimentoelazer.com
marombainvestidor.com
livredochefe.com.br
vidarica.me
enriquecendo.club
meu1milhao.com
blogdohighlander.com
papainabolsa.com
ativosforchange.com
srif365.com
comoinvestirnoexterior.com

Não tenho nada contra o blogspot, aliás, este blog que vos fala é spot, mas acho extremamente importante ter pelo menos um domínio registrado. Hoje eu tenho 10, além deste blog. Destes 10, 5 já estão com sites em funcionamento. 

O Maromba me pediu dicas, falei para ele se inscrever nos grupos abaixo. Aconselho todos aqui a se inscreverem, os grupos ajudam muito.
https://www.facebook.com/groups/seobr/
https://www.facebook.com/groups/googleadsenseparainiciantes/
https://www.facebook.com/groups/wordpress.brasil/

Para quem ainda está levando esta atividade de blogueiro apenas como hobby, como incentivo vou deixar aqui duas imagens...



Nada melhor que acordar todo dia e já encontrar 16 reais na sua conta não é mesmo? Quer incentivo melhor que este? Renda extra não faz mal a ninguém.

A Falta de Maturidade da Finansfera

 

Agora falar rapidamente sobre a falta de maturidade da finansfera. Observo que a faixa etária dos frequentadores da finansfera hoje está abaixo do 30 anos. Não que isto seja algo ruim, pelo contrário, é até bom, já que pessoas estão entrando no mundo dos investimentos mais cedo.

Contudo, isto gera um problema. Como são pessoas jovens, geralmente estão falando de assuntos triviais como: "neste mês eu malhei", "semana passada minha namorada terminou comigo", "meu chefe é muito chato", etc. Bom, não posso interferir nisto, cada um faz do seus blogs o que bem entender, mas textos superficiais atraem leitores superficiais. E são estes leitores, na maioria das vezes anônimos, que fazem uma bagunça danada na comunidade. Chegam ao ponto de ficarem entrando em blog a blog só para divulgar a identidade de algum blogueiro.

Estas pessoas são imaturas, são jovens que ainda não entendem os reais valores da vida. A esperança é que algum dia aprendam. Enquanto formadores de opinião que somos, temos que fazer nossa parte. E o mínimo seria escrever bons artigos e que agregam valor ao leitor. Assim elevaremos o nível de quem nos segue.

Abraço a todos!

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Ranking da Finansfera e Aniversário do VdC

Bom dia a todos!

A edição do ranking da finansfera deste mês é dedicada ao nosso amigo blogueiro Viver de Construção que partiu para um novo plano no dia 10 do mês passado (relembre aqui). Nesta semana, o VdC estaria completando 32 anos de vida. Por isto coloquei no título do post uma chamada para seu aniversário. Infelizmente ele se foi muito jovem, deixando uma grande saudade para parentes e amigos.

O VdC era um dos principais entusiastas deste ranking. Ele sempre me pedia para atualizar. Seus sites estavam indo muito bem na comunidade e ele gostava de ver seu desempenho. Nesta edição, mesmo sem atualizações, o viverdeconstrucao.com ocupa o décimo lugar. Recentemente ele havia criado o informaremos.com e estava muito empolgado com o novo projeto. Dei umas pequenas dicas para ele no início e hoje reli um post e vi quanto ele ficou grato por isto.


O último email que troquei com o VdC foi no dia 6 de julho (um dia antes do jogo de futebol em que ele teve o mal súbito). Neste contato, falei algumas coisas para ele mudar no informaremos.com. Mas depois disto ele sumiu e também não implementou as modificações que eu havia falado. Achei estranho o sumiço e só depois descobri o motivo.

Nestas últimas semanas, muito se especulou sobre o falecimento do VdC. Muitas pessoas ainda não acreditam. Recebi emails de colegas pedindo foto, informações, perfil de Facebook, etc. Mas em respeito à memória dele e prezando pela segurança da família não dei maiores informações.

Andei estudando sobre esta questão do "luto sem corpo" pela qual a finansfera passou com o falecimento do VdC. Me lembrei do episódio do voo da Malásia que até hoje não teve um desfecho. Encontrei esta reportagem que retrata muito bem a confusão e fantasia que se formou da finansfera:

Perder uma pessoa amada é uma das experiências mais dolorosas que o ser humano pode sofrer. Mas, e quando a notícia da morte não vem acompanhada de um corpo? O colapso emocional e a incredulidade em volta da morte podem resultar um processo de luto turbulento e marcar uma família, com danos físicos e psicológicos. Não saber como o familiar enfrentou os últimos momentos de vida e ainda não ter acesso aos restos mortais podem gerar confusão e até a fantasia de que aquilo não aconteceu.

Para especialistas, é fundamental viver o tradicional ritual com o velório e enterro, ou seja, ser capaz de se despedir do ente querido. Nos casos em que isso não é possível, como em desaparecimentos ou mortes violentas, o sofrimento pode perdurar por décadas. Um exemplo disso é o drama vivido pelas famílias dos 457 mortos e desaparecidos políticos, segundo a Comissão Nacional da Verdade, no período da ditadura militar no Brasil.

“[Se não tem um corpo] as pessoas se mantêm em suspensão. Elas fazem as coisas, mas é muito difícil viver sem fechar a equação. Como criar essa conclusão sem o corpo?”, explicou ao Delas Maria Helena Pereira Franco, pesquisadora especialista em luto da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Na teoria, defendida por ela, o luto é uma reação natural e acontece quando o vínculo com aquilo que se ama é rompido. Não tem fases pré-estabelecidas e muito menos pode ser programado. Ela conta que cada um vive o processo de uma maneira diferente.

Nestas últimas semanas, andei pensando em como poderia trazer tranquilidade de espírito para os colegas da blogosfera, principalmente para aqueles que mais gostavam do VdC. Pensei em até ir lá no cemitério e tirar uma fotografia da lápide (por coincidência da vida o VdC foi sepultado a poucos metros da minha casa). Mas achei por bem deixar o assunto como está. Para aqueles que ainda tem dúvida que este trágico evento ocorreu, infelizmente não posso fazer mais nada além de deixar aqui meu relato.

Na tabela abaixo, é apresentado o ranking dos blogs da finansfera. A três primeiras posições ficaram inalteradas. O Pobre Poupador conseguiu subir 7 posições e ocupa agora o quarto lugar. O Viver de Dividendos subiu uma posição. O André do Viagem Lenta perdeu duas posições. O Geração 65 subiu impressionantes 75 posições. O Guilherme do Valores Reais perdeu 3 posições. O blogspot mais bem colocado é o Não Surfa Nada. E o Viver de Construção fecha a lista dos 10 mais bem colocados.


segunda-feira, 23 de julho de 2018

Adeus ao Colega VdC


Neste sábado tive um dos melhores dias da minha vida, não só por ter feito um passeio maravilhoso, mas por ter me libertado de medos que cercavam a minha vida... (VdC - 23/10/16)

Já tinha semanas que não entrava aqui no blog e também não navegava pelo blogroll da finansfera, mas neste início de semana, sem nenhum motivo, resolvi entrar aqui. E me deparei com uma notícia muito triste: o falecimento do nosso colega Viver de Construção.

Eu mantinha contato frequente com ele por email, inclusive sabia sua identidade, sempre estávamos conversando sobre estratégias de SEO e ajudando um ao outro no crescimento dos nossos sites. Mas já tinha alguns dias que não recebia emails dele, infelizmente agora fiquei sabendo o motivo.

VdC era um cara muito bacana, sempre solicito e prestativo. Uma pessoa que veio de origem humilde mas que cresceu na vida com muito estudo e trabalho. Não cheguei a conhecê-lo pessoalmente, mesmo morando na mesma cidade, infelizmente faltou esta oportunidade.

Neste momento, o vazio que ficou na sua família (pais, irmão, tios, esposa) deve ser enorme, não é fácil perder uma pessoa querida, aqui na blogosfera muitos sentirão sua falta, mas sempre que bater uma saudade mais forte poderemos entrar nos seus sites e ler seus posts.

É o segundo colega blogueiro que nos deixa, o primeiro foi o Investidor Matuto, na ocasião eu senti uma tristeza grande também. É estranho como criamos vínculos com pessoas que nem conhecemos pessoalmente, e quando elas se vão cedo demais a dor é real.

  
É tão estranho
os bons morrem jovens
assim parece ser
quando me lembro de você
que acabou indo embora
cedo demais.


...

vai com os anjos! vai em paz.
era assim todo dia de tarde
a descoberta da amizade
até a próxima vez.


Legião Urbana

segunda-feira, 23 de abril de 2018

Um Impasse Mexicano?


De volta a 2013. Após algumas vitórias pontuais, a então “fervura” de processos judiciais entre Matias e Desalinho se arrefeceu, tornando-se uma mistura insossa e fria de atos processuais sem nenhum desfecho permanente.

Uma série de recursos tomou de assalto as instâncias superiores, e, assim, uma procissão, de joelhos, subiria as escadas dos tribunais brasileiros por anos, senão décadas.

Desalinho era devedora, no fim das contas, mas de apenas uma pequena fração do que lhe era cobrado. Todas as cartas estavam na mesa, e de certa forma, depois que as contas foram acertadas, ainda que provisoriamente, permaneceu inerte, aguardando o veredito final, e permaneceria  desse jeito se não fosse a derrocada econômica de Matias.

As disputas judiciais com o meu cliente acendeu o alerta dos parceiros comerciais de Matias, que começaram a desconfiar da lisura dos negócios e a obter também decisões judiciais desfavoráveis a ele. Um ciclo vicioso de derrotas, com teses e documentos sendo replicados nesses processos subsequentes, que comprovavam a má-fé e o modo de operação das trapaças de Matias e Henrique.

Matias colocou a arma na cabeça da Desalinho, contudo não poderia puxar o gatilho sem sair ileso. Isso é o que se chama de “impasse mexicano”, e que povoa os filmes americanos de faroeste.

Não tardou muito para que, enfim, Henrique entrasse em contato, flamejando para mim uma bandeira branca, numa tentativa desesperada de pôr fim ao bombardeio sofrido em todos os flancos e receber o que era devido logo. Marcamos uma reunião para o dia seguinte na casa de Matias, em vez do escritório da empresa. Essa era a única condição.

Avisei na sequência o novo representante do cliente sobre o início da tentativa de acordo, que não sabia do que se tratava. Da minha parte, era um alívio poder pensar em me livrar daquilo tudo, principalmente por causa do desinteresse que tomou conta com o passar do tempo, sem falar da baixa remuneração. Porém a história ganha um certo tom bizarro a partir daqui.


A casa de Matias é um verdadeiro palacete, e muito bem localizada em São Paulo. Havia lá empregados diversos para a manutenção da casa e a prestação de serviços domésticos, e até uma secretaria, que o auxiliava em pequenas tarefas, por exemplo, para usar o celular e preencher uma agenda, um daqueles cadernos compridos de capa preta.

A secretaria nos guiou da porta até uma sala enorme, onde o representante destacado da Desalinho e eu aguardávamos a audiência.

Na sala, um relógio enorme de madeira marcava 4:14 horas, com o pêndulo parado, todavia. Parecia alguma espécie de relíquia, que se somava a pinturas diversas na parede e a outros móveis cujo preço incluísse talvez valores históricos. Tudo disposto de maneira aleatória, como em um museu itinerante, prestes a zarpar. Não sei se mirei muito a escrivaninha, ou se isso fazia parte do guia de visita, mas a secretaria explicou, pacientemente, a história do luxuoso móvel, refeito a partir da porta da casa de alguém ilustre, que viveu há muitos séculos. De fato, depois percebi que a mesa possuía um certificado emoldurado sobre a procedência, algo mesmo de exagerada pompa para se ostentar na sala de casa.

Passados alguns minutos, finalmente os anfitriões nos receberam. Matias vestia um robe, como um desses milionários caricaturados, parecia o Sr. Burns. Nesse momento deixei escapar um sorriso, a cena era bastante cômica. Ainda bem que o sorriso provavelmente foi interpretado como sinal de cordialidade. Cumprimentei Matias e Henrique, e todos nós entramos em uma espécie de sala de reuniões improvisada com equipamentos médicos.

Matias logo propôs um acordo rápido, que favorecia ambas as partes, como um desabafo, ao mesmo tempo que tentava manter o ar de arrogância costumeiro. Henrique era lacônico, como um réu confesso. O acordo era parte da tentativa de Matias salvar o próprio legado, e quando o representante da Desalinho recusou a proposta, pôs-se a contar sobre a parte gloriosa de sua epopeia ao Brasil. Nada disso mudou o número previamente calculado por analistas e aprovado pelos escalões competentes da Desalinho.

A parte podre das histórias de Matias surgiu em um momento mais reservado, em reuniões seguintes, em que discutíamos como promover um acordo que fosse mais benéfico à Desalinho, indiferente aos apelos do, agora visivelmente, moribundo. Como a velhice estava sendo cruel a Matias. Uma dessas doenças degenerativas lhe corroía impiedosamente o corpo, a sanidade e os reflexos, à medida que o palacete era depenado e mutilado por dentro pelos credores.

Com o impasse no acordo, cada vez mais as reuniões se transformavam em confessionários. Depois de um tempo, embora injustificáveis, as paranoias, a maldade, a exploração alheia e a canalhice pareciam fazer sentido. Afinal, aquele império de outrora somente se manteve unido, em pé, por causa dessa fórmula maligna. Velho e doente, Matias não dispunha mais dos ingredientes necessários para manter tudo o que criou, tomou e reuniu intacto.

As reuniões se tornaram cada vez menos frequentes, até que Matias morreu, levando consigo a história sem furos. A notícia da morte chegou com a aceitação da proposta, por Henrique, quem enganou Matias, e cuja pena era cumprida pelo casamento com a filha do chefe, Margarida, uma pena perpétua, que abraçou voluntariamente.

Henrique, “o milionário”, recebeu muito dinheiro em nome de Matias e de sua família pelo acordo feito com a Desalinho, e continuou a viver a vida que sempre quis, dessa vez sem a sombra do sogro.

E, das prateleiras, os autos do processo foram encaminhados ao arquivo.

Dr. Honorários
Abril de 2018