sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Este Ano Vai Ter Rally de Natal na Bolsa?!

Todo ano é a mesma coisa. Chega o mês de dezembro e todos os investidores começam a falar sobre o “rally de fim de ano”. Dizem que muitos investidores entram ou retornam para a bolsa de valores em dezembro proporcionando o famoso “rally de Natal” (chamado pelos americanos de Santa Claus Rally). É um fenômeno algumas vezes observado nas bolsas de valores ao redor do mundo, que se manifesta através de uma alta pronunciada dos ativos financeiros alguns dias antes do Natal, e tal movimento se estende até meados de Janeiro.



O termo rally é usado nos mercados financeiros para se referir a vigorosos movimentos de alta em ativos financeiros, especialmente após uma queda pronunciada ou um longo período de consolidação.

Mas será que este tal rally de Natal é fato ou fake aqui no Brasil? Pensando nisto, resolvi buscar os dados dos últimos dezembros na bolsa brasileira:


Como podemos observar na tabela acima (os valores estão arredondados para facilitar a visualização), Nos últimos anos, tivemos rally de Natal apenas em 2017 e 2012. Nos demais anos, a bolsa caiu ou ficou no zero a zero considerando os dias de dezembro até o Natal.

Se formos considerar todos os dias de dezembro, então a coisa melhora um pouco, temos então alta da bolsa em 2017, 2012, 2010 e 2009. Mas mesmo assim não é aquele "rallyzão" que todo mundo espera. Podemos então concluir que rally de fim de ano aqui no Brasil é fake, rs.

Bom amiguinhos, este é o último post do ano aqui no blog. Ainda irei fazer mais um post lá no Abacus Liquid, mas por aqui estou encerrando as atividades. Espero que os colegas blogueiros e demais leitores tenham tido um bom 2018. Foi um ano que entrou para a história.

Desejo um feliz natal, boas festas e um 2019 repleto de realizações e com muita saúde. Pois o que importa mesmo é saúde, o resto a gente corre atrás, como diz um youtuber por aí, rs.

domingo, 16 de dezembro de 2018

Eike Batista Hoje

Acabei de ler hoje o estupendo livro "Eike Batista - Tudo ou Nada" da jornalista Malu Gaspar. Esta não é uma biografia qualquer, trata-se de um verdadeiro relato do que se passa nos bastidores do mundo corporativo e da indústria de IPOs do mercado financeiro brasileiro.

A história principal, como todos já sabem, é a ascensão e queda do empresário Eike Batista, mas lendo este livro você irá conhecer um pouco mais sobre as ligações nada transparentes entre o mundo empresarial e o mundo político. Verá também como um seleto grupo de empresários e banqueiros ganharam milhões de dólares com as empresas X na bolsa de valores.

Não é um livro que você lerá em uma sentada, é uma obra extensa e detalhada em muitos aspectos, mas se você se propor a ler um capítulo por dia irá beber as quase 600 páginas em menos de duas semanas. É uma leitura longa mais muito saborosa. Recomendo fortemente para quem vive o mercado financeiro no dia-a-dia como eu.


Livros na fila para serem lidos após "Tudo ou Nada"

O império X desmoronou, Eike Batista disse que foi duro voltar para a "classe média". Atribuiu seus infortúnios ao grupo de executivos que o cercaram. Acredita piamente que as projeções do Dr. Oil foram um golpe mortal nos seus planos de se tornar o homem mais rico do mundo. Depois de ter alardeado para Deus e o povo que os campos tubarões estavam repletos de petróleo, veio a notícia derradeira: "Não tem óleo Eike!".

Com a queda da OGX caiu também a OSX. A OGX virou Dommo Energia. A LLX virou Prumo Logística. A MPX, talvez a menos problemática de todas, virou Eneva. Esta última, inclusive, coloquei recentemente no meu portfólio de ações (paguei 11,90 por ação). A MMX foi comprada pela Anglo American, que reclama na justiça ter sido enganada pelo Mr. X. Já a CCX é um mistério.

Ao ler o livro da Malu, consegui ter uma ideia muito clara de como surgiu cada uma destas empresas no Power Point do Eike. Tenho que admitir que o Sr Batista é muito bom em idealizar negócios e vender para investidores. Rodou o mundo, bateu na porta de centenas de fundos internacionais. Alguns compraram as ideias, outros não.

O livro relata ainda situações pitorescas da vida do mega empresário, como esta:

O livro revela que Eike chegou a batizar um projeto da mineradora MMX como Sagitarius, em “homenagem a uma boate de striptease de Belo Horizonte’’. E mais: há quatro anos, a queda por mulheres jovens e bonitas teria deixado o empresário numa posição delicada, quando a advogada Flávia Sampaio, com quem é casado, teria descoberto seu fetiche por prostitutas e o chantageado. Desconfiada das ausências do então namorado, Flávia foi ao escritório do empresário e acessou — com a ajuda de uma amiga funcionária de informática da empresa — o computador da secretária de Eike, onde teria encontrado “catálogos virtuais, com fotos de garotas de programas de diversos locais do Brasil”. Segundo o livro, Flávia encontrou mensagens das meninas e dos agenciadores perguntando se o “cliente” gostara do atendimento. Em troca do silêncio, Flávia teria sido instalada num apartamento na orla de Ipanema. Em outubro de 2010, ganhou também uma clínica de beleza para administrar, que consumiu R$ 15 milhões e fechou em 2012, sem dar lucro. Advogado de Eike, Sérgio Bermudes nega que o cliente tenha sido chantageado: — Ele está lendo o livro e ficou chocado com a grande quantidade de inverdades. Ele não foi chantageado pela mulher dele, mãe do filho. Nunca houve isso. Fonte 

Se é verdade eu não sei, mas onde há fumaça há fogo. Esta boate New Sagitarius aqui em BH é conhecida como destino certo dos altos executivos que por aqui passam. Outro episódio curioso que o livro relata foi a "consultoria" que Eike Batista contratou de uma esotérica. No auge da crise do grupo, o empresário tentou de tudo, e uma das dicas da consultora foi mandar mudar a rotação do sol que estampa o logotipo da holding.

O diagnóstico foi claro: o sol que reluz nas marcas de todas as empresas do grupo estava girando para a esquerda. Obviamente, segundo a consultora, isso teria que ser alterado. E foi. Na sexta-feira, um comunicado interno explicou: – A logomarca das empresas do grupo EBX passou por um ajuste. E rogou aos funcionários que ninguém perca tempo: – Na intranet você já encontra as novas logos e o arquivo para trocar a assinatura de e-mail. A colaboração de todos é essencial neste processo. Para os olhos de um leigo, contudo, a mudança é praticamente imperceptível. Então, ficamos combinados assim: os raios solares emitindo luz ao contrário têm o condão de fazer estragos bilionários nos resultados de um grupo empresarial.". Fonte


Como podemos perceber, não adiantou mudar a rotação do sol. Foi tanta "energia negativa" que o empresário chegou a ser preso tempos depois por suspeitas de ligações com o Cabral. Diz ele que eram apenas bons amigos, emprestava o jatinho Gulfstream apenas por camaradagem. Eike Hoje aguarda em liberdade o próximo julgamento. Disse recentemente ao repórter Cabrini que a principal vítima da queda do grupo X foi ele mesmo. Chegou até a chorar ao dar a entrevista. Mas ainda continua faturando alguns milhares de dólares mensalmente, graças a consultorias que vem dando a empresários em busca de suce$$o.

domingo, 2 de dezembro de 2018

Zero Coca-Cola

Depois que o indivíduo passa dos 40 anos e começa a ter uns "piripaques" é que ele finalmente acorda para a alimentação saudável. Nunca fui um bebedor de refrigerantes mas vez ou outra me via bebendo uma Coca-Cola, geralmente em festas de crianças que não servem cerveja ou tomando uma cuba livre em uma noitada. Mas resolvi cortar definitivamente a Coca-Cola há algum tempo. Outro dia até fui tomar uma cuba livre mas me deu dor de barriga e larguei o drink no meio. Interessante como o corpo se adapta rápido a uma mudança de estilo de vida.

Certa vez li uma matéria sobre os hábitos alimentares de Warren Buffett. Para ele, o segredo é alimentar-se “como um menino de 6 anos”. Mas nesta alimentação estão incluídos muita batata chips, sorvetes e cinco latas de Coca-Cola por dia. "Pesquisei e descobri que a faixa etária de menor mortalidade é a de crianças de 6 anos. Por isso, como e bebo o que elas comem”, disse o megainvestidor que já está quase nos 90 anos de idade.

Quando ele está em sua mesa na sede do fundo Berkshire Hathaway, em Omaha, ele bebe Coca-Cola normal. Em casa, ele prefere a Cherry Coke. Buffett explicou: “Se eu comer 2,7 mil calorias por dia, um quarto é de Coca-Cola. Eu bebo pelo menos cinco latas por dia. Faço isso todos os dias, três durante o dia e duas a noite.” Buffett precisa ser estudado pela ciência, tanto sua mente de investidor quanto seu corpo que recebe uma carga tão grande de Coca-Cola e se mantém de pé.


O fato de Buffet ter bilhões em ações da Coca-Cola seria apenas coincidência?